Produção segue trajetória ascendente com novo recorde histórico. A Brava demonstrou dados interessantes, mesmo diante de intervenções pontuais em ativos relevantes como Papa-Terra. A aceleração da produção em Atlanta é particularmente importante para a tese da empresa, pois permite capturar alavancagem operacional e redução de lifting cost. A performance de Manati e a possível incorporação de volumes de Jubarte (via AIP aprovado em agosto). Seguimos vendo a Brava como uma companhia em transição para um novo patamar operacional, com o ramp-up offshore já em maturação e menor dependência de investimentos adicionais no curto prazo. O avanço da produção reforça a expectativa de geração de caixa nos próximos trimestres, criando espaço para continuidade do processo de desalavancagem e possível retorno ao acionista a partir de 2026.
Os Fatos | A Brava Energia reportou mais um mês de avanço consistente na produção, atingindo 92,4 mil boe/d em agosto/25, um crescimento de +1,6% m/m. Esse é o segundo recorde histórico consecutivo da companhia desde a fusão, reforçando a consistência operacional, especialmente nos ativos offshore, que têm liderado a expansão de volumes.
Destaques Operacionais
- Produção total média (bruta): 92,4 mil boe/d (+1,6% vs jul/25), novo recorde histórico.
- Produção offshore: 57,5 mil boe/d (+2,3% m/m), com destaque para o campo de Atlanta, que registrou sua maior produção desde o início da operação.
- Produção onshore: 34,9 mil boe/d (+0,4% m/m), estável, com leve alta impulsionada pela injeção de vapor em Potiguar e ganhos operacionais em Recôncavo.
- Produção de óleo: 73,7 mil bbl/d (+0,2% m/m), com leve ajuste negativo em Papa-Terra compensado pela alta em Atlanta.
- Produção de gás: 18,7 mil boe/d (+7,4% m/m), com forte desempenho de Manati (+1,1 mil boe/d m/m) e leve avanço em Recôncavo e Peroá.
Análise por Ativo
- Atlanta (80%): Produção saltou para 30,1 mil bbl/d, novo recorde, consolidando o ramp-up dos últimos dois poços da Fase 1 conectados em julho. A expectativa é que setembro reflita a totalidade do efeito positivo.
- Papa-Terra (62,5%): Houve retração pontual da produção para 10,7 mil bbl/d (-9,6% m/m), por conta de ajuste programado no offloading durante a 1ª quinzena de agosto. A operação foi normalizada ao longo do mês.
- Parque das Conchas (23%): Produção apresentou pequena queda m/m no segmento de óleo, com 6,5 mil bbl/d de óleo e 553 boe/d de gás, mesmo com início da individualização da jazida de Jubarte, que deve elevar produção atribuída à Brava nos próximos meses.
- Manati e Peroá: Destaque positivo para Manati, que cresceu para mais de 2 milhões m³/dia, com retorno pleno da produção após parada em 2024. A expectativa é de novos incrementos em setembro.
- Onshore (Potiguar, Recôncavo, Macau, etc.): Segue em estabilidade operacional, com manutenção da estratégia de otimização de Capex e foco na geração de caixa. A reinjeção de gás em Recôncavo chegou a 27% da produção do mês, reforçando o foco em recuperação secundária.