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    Publicado em 28 de Fevereiro às 15:11:57

    AES Brasil (AESB3) | Resultado 4T22: Reversão de prejuízo!

    Reversão de prejuízo!

    Seguimos com recomendação de MANTER. A empresa reportou números positivos no 4T22, apresentando aumento da receita operacional, manutenção dos custos operacionais e diminuição dos custos com compra de energia, em função da melhora do cenário hidrológico, conseguindo reverter o prejuízo do 4T21 em lucro no 4T22. Apesar disso, a empresa apresenta o maior endividamento dentre os pares do setor, devido as suas recentes aquisições e investimentos em novos projetos, o que nos indica um sinal de atenção, haja vista os novos preços de contratos de energia no longo prazo a preços menores, e maior custo de capital e de dívida, como explicamos em nosso relatório de atualização do setor (Geração: São Pedro ajudou. E agora? – Atualização de Estimativas!). Com isso, achamos pouco provável uma distribuição de dividendos como no passado recente da empresa. Com todos esses fatores pressionando o case da empresa, seguimos com a recomendação de MANTER.

    Detalhamento dos Resultados 4T22

    A empresa obteve uma receita líquida operacional de R$760 milhões no 4T22, aumento de 4% em comparação ao 4T21, em função do aumento no preço médio de venda de energia hídrica (R$196/MWh no 4T22 vs R$143/MWh no 4T21), aumento da geração de energia eólica e da atualização anual dos preços do ACR pela inflação. Além disso, houve uma redução em 42% t/t de custos com compra de energia, totalizando R$255 milhões, devido a redução dos preços de energia no mercado spot. Assim, a margem líquida operacional ficou em R$506 milhões, resultado 72% superior ao 4T21.

    Os custos e despesas operacionais somaram R$146 milhões no 4T22, 15% superior ao 4T21, em decorrência da inflação no período e das aquisições realizadas. Com isso, o EBITDA da companhia totalizou R$ 360 milhões, valor 77% superior ao 4T21.

    O resultado financeiro da empresa fechou em negativos R$71 milhões, contra R$122 milhões no 4T21. Como comentado, houve um aumento dos encargos da dívida de R$115 milhões no 4T21 para R$225 milhões no 4T21, variação de 95% que foi compensada pelo rendimento das aplicações financeiras que totalizou R$114 milhões, aumento de 393% t/t.

    O endividamento da companhia fechou o ano em 3,61x Dívida líquida/EBITDA, com dívida bruta de R$11 bilhões, em função de diversas captações realizadas para aquisição de projetos no período. Na linha de investimentos, a companhia disponibilizou o seu plano de investimentos de 5 anos, sendo 2023 o pico de valor projetado, no total de R$2,5 bilhões, o que achamos que pode afetar a distribuição de dividendos como no passado recente da empresa, além dos demais fatores citados anteriormente.

    Somando-se todos os fatores citados, a empresa reportou um lucro líquido de R$137 milhões no 4T22, revertendo o prejuízo de R$31 milhões obtidos no 4T21.

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