Com uma companhia mais integrada, resultado de uma combinação operacional entre a Lojas Americanas e a B2W, a Americanas S.A. (AMER3) divulgou fortes resultados operacionais nessa quinta-feira (12).
Se compararmos com os seus concorrentes Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3), a Americanas possui um portfólio de produtos mais diversificado (lê-se menos dependente de linha branca), que geram maior resiliência diante de esse cenário macroeconômico mais desafiador. Nossa recomendação é de COMPRA, com preço-alvo em R$ 31.
Qual o resumo da “ópera”?
Mesmo com as suas operações digitais indisponíveis por cerca de 4 dias, resultado de um ataque cibernético na segunda metade de fevereiro deste ano, a Americanas conseguiu recuperar o ritmo de venda e reerguer seu crescimento de suas vendas totais (GMV Total), que cresceram quase 22% nesse primeiro trimestre de 2022.
Com uma base única de lojas integradas sob uma estratégia “ship from store” (lojas físicas atuando como hub de distribuição), a varejista apresentou forte evolução nos indicadores de entrega rápida em até 3 horas, que agora representa 27,% de vendas totais no trimestre (+20,6 pp em relação a 1T21).
Trouxemos alguns destaques operacionais do período. A Americanas continuou a crescer sua base de sellers, trimestre após trimestre, atingindo 132 mil no 1T22. Por outro lado, se pegarmos a mesma base de comparação (4T21), vimos uma redução na quantidade de SKUs no período.
Ao infinito e além. Após reportar o primeiro breakeven mensal em novembro do ano passado, a AME, plataforma financeira da Americanas, parece ter entrado com força em uma nova era, a da monetização. O EBITDA da Ame avançou 55% nesse trimestre, em uma base de comparação anual. Esperamos vê-la apresentando um EBITDA positivo no acumulado para este ano.
Mesmo diante de um impacto inflacionário, a Americanas conseguiu crescer sua margem EBITDA ajustada em 180 bps a/a, atingindo 9,8% nesse 1T22, reflexo de uma maior sinergias pós-combinação de empresas e de um aumento da eficiência operacional do AME, que juntos mais do compensaram a inflação de despesas no período.
Como uma estrutura mais enxuta, a varejista reduziu seu prejuízo líquido em 6,2% ano contra ano, para (R$ 238 m), dentro do esperado pelo nosso modelo.