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    Publicado em 04 de Maio às 21:22:00

    Auren (AURE3) | Resultado 1T23: Dividendos a caminho?

    Dividendos a caminho?

    Seguimos com recomendação de MANTER para Auren (AURE3). Em nossa visão, a Auren (AURE3) apresentou números bons no primeiro trimestre do ano, em linha com o consenso e nossas estimativas. A empresa conseguiu apresentar um ligeiro aumento na receita líquida, junto com uma redução significativa dos custos de operação. Apesar disso, acreditamos que atualmente a empresa já se encontra precificada e seu atrativo reside na possibilidade de pagamento de mais dividendos! A companhia recentemente aprovou o pagamento de dividendos de R$1,5/ação, rendimento acima dos 10%, além disso, já foi comentado por mais de uma vez, à possibilidade de securitizar o fluxo de pagamentos referentes à indenização da Usina de Três irmão, o que, em conjunto com o nível saudável de caixa da empresa, o alto grau de contratação de seu portfólio nos próximos 3 anos, a forte geração de caixa livre (algo em torno de R$1.1 à R$1.4 bilhão nos próximos anos) e a falta de novos projetos para colocar em execução, desenham um futuro muito propício para o pagamento de novos dividendos ao longo de 2023.

    Ainda sim, como já dito, não vemos, aos atuais níveis de preço, pontos de entrada para o papel e, para o setor de geração, preferimos o nome da Eletrobras, por julgarmos ser um case mais interessante e mais assimétrico em termos de avaliação. Assim, reiteramos nossa recomendação de MANTER.

    Desempenho Operacional 1T23

    A empresa obteve uma receita líquida  de R$1.4 bilhões no 1T23, aumento de 2,2% em comparação ao 1T22, em função aumento da geração de energia eólica, da atualização anual dos preços do ACR pela inflação e de maiores volumes de operação de trading, compensado por menores preços no mercado de energia (R$163/MWh vs R$232/MWh no 1T22).

    Os custos e despesas operacionais somaram R$1.1 bilhões no trimestre, 8,4% inferior ao 1T22, em decorrência de menores preços e volumes de energia comprada para revenda, compensado pelo aumento de custos com PSMO. Com isso, o EBITDA da companhia totalizou R$ 396 milhões, valor 12% superior ao 1T22. O resultado financeiro da empresa fechou em negativos R$17 milhões, contra menos R$166 milhões no 1T22. Principal fator para essa redução foi o recebimento de uma parcela da indenização da UHE Três irmãos, no valor de R$134 milhões e, de maior valor recebido de aplicações financeiras. Com isso, a empresa reportou um lucro líquido de R$230 milhões no 1T23, revertendo o prejuízo de R$5,5 milhões obtidos no 1T22.

    Por fim, como mencionado acima, o endividamento da companhia fechou o trimestre em um nível bem confortável de 1,6x Dívida líquida/EBITDA, com dívida bruta de R$6,1 bilhões e dívida líquida R$2,6 bilhões, decorrente da forte posição de caixa de R$3,2 bilhões.

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