AUREN ENERGIA

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    Publicado em 01 de Agosto às 22:25:22

    Auren (AURE3) | Resultado 2T24: Bem vinda, “nova” Auren!

    Auren (AURE3): Bem vinda, nova Auren!

    Seguimos com recomendação de MANTER para AURE3. Achamos que esse resultado deve ter pouca influência na percepção da empresa tendo em vista a proximidade da incorporação da AES Brasil e todos os questionamentos que devem ocorrer em relação a incorporação do ativo. De acordo com o press release, o closing da transação deve acontecer até Outubro/24. Observando o resultado trimestral pelo seu mérito, achamos o mesmo ligeiramente negativo devido a um EBITDA recorrente abaixo das estimativas. Imaginamos que os spreads de compra e venda devem se materializar de maneira mais favorável a empresa a partir de 2025 tendo em vista os novos contratos fechados e termos interessantes tendo em vista a energia comprada no 4T23. Aos atuais níveis de preço, vemos AURE3 negociando com potencial limitado em relação ao nosso preço-alvo e com TIR real de 9% – interessante, mas não o suficiente para mudar nossa recomendação. Dentre as geradoras/transmissoras, seguimos preferindo ELET3.

    Desempenho Operacional 2T24

    A receita líquido foi de R$1,4 bilhões, praticamente estável em relação 2T23. Apesar da boa performance da comercializadora e da entrada em operação dos projetos fotovoltaicos Sol do Piauí e parcialmente Sol do Jaíba, e geração hidroelétrica foi negativamente afetada pelo vencimento de contratos de energia a preços mais atraentes que os atuais (R$284 milhões vs R$305 milhões no 2T23). Compensando essa performance, houve o ajuste inflacionários dos contratos, maiores volumes vendidos na energia eólica (R$220,7 milhões vs R$213 milhões no 2T23) e comercializadora (R$1,1 bilhão, incremento de 7,6% a/a). O impacto positivo em receita da entrada operacional de Sol do Piauí e parcial de Jaíba foi de R$20 milhões.

    O EBITDA recorrente foi de R$398milhões, abaixo do consenso e das nossas estimativas. O EBITDA ajustado foi de R$456 milhões, acima do consenso e das nossas estimativas. Os eventos que ajudaram no ajuste do EBITDA foram I) uma provisão de -R$84 milhões, II) dividendos de coligadas +R$40,8 milhões e III) impacto positivo de marcação a mercado de contratos futuros de energia de R$102 milhões). Os custos operacionais foram outro destaque positivo, alcançando R$1,2 bilhões – evolução de +6,8% a/a. Entretanto, excluindo os efeitos não recorrentes do 2T23, a evolução teria sido só +1,8% a/a, muito abaixo da inflação acumulada do período. A empresa anunciou maior contratação do seu portfólio entre 2025-2027 aos preços de R$145/MWh (vs compras anunciadas no 4T23 por R$100-105/MWh), o que deve fortalecer o EBITDA da empresa nos próximos trimestres.

    O lucro líquido foi de R$91 milhões, queda de 50% a/a. O maior impacto nessa linha foi devido as maiores despesas financeiras devido ao maior endividamento e queda do EBITDA recorrente da empresa. Contensioso passivo ficou praticamente estável, R$2,6 bilhões no 2T24.

    A dívida líquida da empresa encerrou em R$3,3 bilhões e uma relação dívida líquida/EBITDA de 1,9x. O incremento na dívida vs 2T24 já era esperada tendo em vista a distribuição de proventos ao longo dos últimos anos e os investimentos remanescentes no projeto Solar Guaiba, que entrou em operação nesse trimestre. Como divulgado em nosso relatório com o nosso parecer sobre a fusão, o endividamento da empresa deve saltar para c. R$9 bilhões (já considerando a consolidação de ambas as empresas) e uma relação dívida líquida/EBITDA de 4,9x. De acordo com o nosso podcast com o CFO da nova empresa, sr. Mario Bertoncinni, tal nível de alavancagem não deve ser um impeditivo ao pagamento de dividendos – naturalmente, com rendimentos bem menos generosos. A geração de caixa no trimestre (fluxo de caixa operacional – dívida – capex) foi de R$271 milhões, implicando em um rendimento de fluxo de caixa de c. 9% em termos anualizados.

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