AUREN ENERGIA

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    Publicado em 07 de Fevereiro às 23:31:36

    Auren (AURE3) | Resultado 4T23: Mais dividendos!

    Não é o que parece!

    Seguimos com recomendação de MANTER para Auren. A empresa reportou um EBITDA ajustado acima das nossas estimativas e do mercado. O ajuste realizado diz respeito a exclusão dos efeitos da marcação a mercado das posições do portfólio de energia da empresa. Nesse caso preferimos usar o resultado ajustado por trazer números mais próximos do que enxergamos ser recorrente. No geral, achamos o resultado positivo e ajuda a fortalecer o case da empresa: distribuição de dividendos, baixo endividamento, entrega de projetos em desenvolvimento e melhoria nos preços de energia de longo prazo após um ano negociando a níveis extremamente deprimidos.

    Aos atuais níveis de preço, vemos a empresa negociando com uma taxa implícita de retorno de 10% em termos reais. Interessante, mas preferimos um nível mais interessante para alterar nossa recomendação. Como mencionamos em nosso update, dentre as geradoras, seguimos achando a Eletrobras o case mais interessante e mais assimétrico em termos de avaliação.

    Desempenho Operacional

    A receita líquida foi de R$1.7 bilhão, aumento de +14,7% a/a. Uma vez mais a evolução da receita foi devido ao maior volume negociado de energia, principalmente de seus ativos eólicos e do seu braço de comercialização. Volume de energia comercializada saltou +42,5% a/a e alcançou 4,490 MW médios. Vale mencionar que a empresa tem um grau de contratação acima dos 90% do seu portfólio para os próximos três anos. Entretanto, vale mencionar que os preços de longo prazo alcançaram patamares mais razoáveis vs os níveis ao longo de 2023. Sendo assim, mesmo sem grande impacto nos resultados da empresa no curto prazo, faz muito sentido que essa recuperação em preços venha a melhorar a percepção do mercado com geradoras, principalmente aquelas que estão mais descontratadas – coo é o caso da Eletrobras (ELET3). Entendemos que esse fenômeno não é tão imediatamente correlacionado com os fundamentos da Auren, mas achamos interessante trazer esses fatos à luz.

    O EBITDA ajustado da empresa foi de R$508 milhões (-4,8% a/a). Apesar da boa evolução da receita, os custos operacionais cresceram de maneira expressiva, alcançando R$558 milhões (+62% a/a). Principais fatores que trouxeram tal impacto na linha de custos foi o maior volume de energia comprada em linha com o maior volume comercializado e maiores custos com PMSO derivado do reajuste salarial e provisionamento de bônus para funcionários.

    O endividamento líquido alcançou R$3,2 bilhões no 4T23 (R$1,3 bilhão no 3T23). A relação dívida líquida/EBITDA 12M foi de 1,8x vs 0,7x no 3T23. Achamos esse aumento no endividamento como algo saudável e natural tendo em vista as novas captações de dívida para desenvolvimento dos seus projetos eólicos e, principalmente, o pagamento de dividendos extraordinários realizados pela empresa (R$1,5/ação) tendo em vista o recebimento dos recursos referentes a indenização da Usina de Três Irmãos. Aos atuais patamares, ainda julgamos o endividamento da empresa como muito saudável e deve dar espaço para novas distribuições de dividendos à medida que não existem novos projetos sendo desenvolvidos para serem entregues para além de 2024.

    Dividendos. A empresa anunciou a distribuição de R$400 milhões em dividendos (R$0,40/ação), implicando em um rendimento de 3% em relação ao preço de fechamento atual. As ações da Auren passarão ser negociadas ex-dividendos a partir de 04/03 e o pagamento deverá ser realizado em 14/03.

    O lucro líquido foi de R$107 milhões (vs R$2,4 bilhões no 4T22). Vale mencionar que o resultado do ano passado foi positivamente impactado pelo impacto extraordinário da securitização dos recebíveis da Usina de Três Irmãos.

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      Vale a pena conferir