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    Publicado em 25 de Julho às 19:43:45

    Banco do Brasil (BBSA3) | Prévia 2T24: O Bom é Inimigo do Ótimo

    Esperamos pouca evolução no lucro líquido do Banco do Brasil no 2T24, mas ainda robusto, alcançando R$ 9,4b, aumento de +0,8% t/t e +6,7% a/a. Apesar da pequena evolução, a rentabilidade (ROE) deve continuar em níveis atrativos em 20,6% (-0,5pp t/t e -0,2pp a/a), ficando ainda bem acima de alguns incumbentes privados como Bradesco e Santander. 

    Para o trimestre, esperamos que os destaques sejam: (i) receita líquida de juros (NII) deve ficar relativamente estável t/t ainda devido ao forte resultado do banco Patagônia no 1T24, que beneficiou a margem naquele trimestre; (ii) custo de crédito com queda t/t, mas ainda acima da média trimestral do guidance; (iii) despesas operacionais sob controle com evolução de +8% t/t e +6% a/a, caminhando para a faixa baixa do guidance entre +6% e +10%. 

    Para 2024, estimamos um lucro líquido de R$ 38,5b (+8,4% a/a), ficando no meio do guidance entre R$ 37b e R$ 40b, chegando a um ROE atrativo de 20,9% (-0,2pp a/a). Para tanto, esperamos que o banco acelere o lucro no segundo semestre, sazonalmente mais forte. Esperamos que o lucro seja impulsionado por: (i) NII deve ficar na faixa alta do guidance (crescimento entre 7% e 11% em 2024), impulsionado em especial pelo desempenho do Patagônia e pelo CDI ainda alto remunerando o a liquidez do banco; (ii) despesas operacionais em níveis controlados, próximo do ponto médio do guidance; e (iii) alíquota de imposto baixa em apenas 18,7%. Do lado negativo, acreditamos que o custo de crédito deve ficar levemente acima do guidance (entre R$ 27b e R$ 30b) da companhia, totalizando R$ 30,9b. 

    Apesar da baixa evolução trimestral, vemos a companhia em um nível de lucratividade interessante, sendo um dos melhores resultados dentre os incumbentes, tanto em termos de lucro quanto de rentabilidade. Além disso, vemos as ações BBAS3 em múltiplos atrativos, negociando apenas 4,0x P/L 2024e, 3,7x P/L 2025e e 0,8x P/VP 2024e, acrescido de um dividend yield de 10% 2024e. Dessa forma, reiteramos nossa recomendação de COMPRAR com preço-alvo para o final de 2024 em R$ 34,00 (upside de 26%). 

    Banco do Brasil (BBSA3) | Prévia 2T24: NII impacto pelo Patagônia na visão trimestral 

    Guidance 2024 (R$b, %): Caminhando para o meio do guidance

    Carteira de Crédito: Aceleração no 2º semestre   

    Para o 2T24, estimamos que a carteira cresça em um ritmo similar ao 1T24, próximo do meio do guidance. Acreditamos que a carteira chegue a R$ 1,01t, ficando relativamente estável t/t (+0,9%) e aumento de +9,8% a/a, dentro da faixa do guidance com crescimento entre 8% e 12% em 2024. 

    Para os próximos trimestres, esperamos que a carteira apresentará uma leve aceleração por conta da originação mais forte no crédito agro devido ao plano safra 2024/25, o qual apresentou um aumento de +10% a/a no volume de recursos, com a participação do Banco do Brasil nos recursos equalizáveis do programa crescendo de 37% para 45%, atingindo R$ 60,18b, o que significa um crescimento de 49,6 % em relação aos R$ 40,2b do plano safra 2023/24.  

    Margem Financeira (NII): Rodando acima da guidance  

    Para o 2T24, esperamos que a Receita Líquida de Juros (NII) alcance R$ 25,9b, aumento de +0,8% t/t e +13,3% a/a, crescendo acima da carteira de crédito (+9,8% a/a) e acima do crescimento do guidance de 7% a 11%.  

    O desempenho relativamente estável t/t deve se dar pelo forte resultado do banco Patagônia na margem do 1T24, deixando a base comparativa mais elevada. Esperamos que o banco argentino Patagonia continue com resultados fortes em relação a seu histórico. Além disso, o CDI mais alto deve ajudar as linhas de receitas da liquidez do banco.  

    Receita de Serviços: Acelerando após um 1T24 mais devagar 

    No trimestre, acreditamos que a receita com tarifas apresente uma aceleração em relação ao 1T24, com aumento de +3,7% t/t e +4,4% a/a, próximo da faixa baixa do guidance, totalizando R$ 8,6b. No 1T24, essa linha cresceu apenas 2,6% a/a, abaixo do guidance entre 4% e 8% de crescimento.  

    Provisão e Inadimplência (Qualidade da Carteira): Provisões devem cair t/t mas ainda acima do guidance 

    No 2T24, esperamos que o custo de crédito (PDD líquida de recuperação) fique em R$ 8,05b (-5,7% t/t e +12,2%), apesar da melhora trimestral, o montante deve ainda ficar acima do guidance do banco entre R$ 27b e R$ 30b para o ano de 2024 (R$ 7,13 por trimestre de média).  

    Além disso, acreditamos que o custo de crédito deve apresentar uma melhora mais atrativa no 2S24, no entanto, o total para o ano deve ultrapassar a atual faixa alta do guidance (R$ 30b), ficando em R$ 30,9b. 

    Prevemos uma estabilidade na inadimplência da carteira, com a inadimplência do agro voltando após um 1T24 mais alto, já que para obter novo crédito com o plano Safra 24/25, as dívidas precisam estar em dia.   

    Despesas Administrativas: Mirando a faixa de baixo do guidance 

    Para o 2T24, acreditamos que as despesas administrativas totais apresentem uma alta de +6,1% t/t e +10,2% a/a. A expansão trimestral e anual deve ser puxada principalmente pelas “outras despesas administrativas”, com um avanço de + 8,1% t/t e +14,2% a/a. Considerando apenas as despesas operacionais apresentadas no guidance, estimamos uma expansão de +8% t/t e +6% a/a, totalizando R$ 9,6b, ficando na faixa baixa de crescimento do guidance de crescimento entre 6% e 10%. 

    Imposto: JCP ajuda, mas a alíquota é liquida dos impostos de suas subsidiarias não controladas, como a Cielo  

    Projetamos uma alíquota de imposto em 18,9%, beneficiado pelo pagamento de Juros Sobre o Capital Próprio (JCP). 

    Banco do Brasil (BBSA3) | Estimativas anuais: ROE de 20,6% e crescimento de lucro de +8,4% a/a

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