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    Publicado em 24 de Junho às 20:34:56

    BB Seguridade (BBSE3) | Prévia 2T25: Lucro Deve Avançar com Apoio do Financeiro e Queda de Sinistralidade

    Para o 2T25, projetamos que a BB Seguridade reporte um lucro líquido recorrente de R$ 2,16 bilhões, representando alta de +8,6% t/t e +15,9% a/a. O avanço deve ser impulsionado por:

    • Melhora da sinistralidade, especialmente nos segmentos Rural e Habitacional;
    • Desempenho financeiro robusto, com destaque para o efeito positivo da Selic elevada sobre as carteiras majoritariamente pós-fixadas da BrasilSeg e da BB Corretora.

    A comparação anual também é favorecida por uma base fraca no 2T24, período impactado pelas enchentes no Rio Grande do Sul, que pressionaram os índices de sinistralidade.

    Projetamos que os prêmios emitidos pela unidade de seguros totalizem R$ 3,7 bilhões no 2T25, com retração de -8,0% t/t e -1,0% a/a, ainda abaixo do intervalo projetado pela companhia (guidance de +2% a 7%), refletindo principalmente uma desaceleração na linha de seguro rural. Apesar da queda nos prêmios, estimamos uma melhora na sinistralidade (com resseguro) de -2,5 pp t/t e -6,5 pp a/a, favorecida por bases comparativas mais pressionadas no 1T25, devido a maior sinistralidade no segmento rural, e no 2T24, em função dos impactos das enchentes no Rio Grande do Sul. Assim, estimamos um lucro de R$ 1,26 bilhões para a unidade de seguros, representando uma alta de +13,8% t/t e +25,4% a/a.

    No trimestre, esperamos que a Brasilprev registre lucro líquido de R$ 427 milhões (+20,1% t/t; +23,0% a/a), impulsionado por um forte resultado financeiro, favorecido pela deflação do IGP-M, que reduz a despesa com passivos atrelados ao índice. Ainda assim, projetamos captações líquidas negativas, refletindo os efeitos do decreto que instituiu tributação sobre aportes mensais acima de R$ 50 mil no fim de maio – medida parcialmente revertida pela MP 1303, que elevou o teto da isenção para aportes anuais de até R$ 300 mil em 2025 e R$ 600 mil a partir de 2026.

    Por fim, a BB Corretora deve manter um desempenho sólido no 2T25, apoiada pela resiliência das vendas de produtos de capitalização, que seguem crescendo mesmo em um ambiente macroeconômico mais desafiador. Projetamos um lucro líquido de R$ 827 milhões, com leve recuo de -2,6% t/t, mas alta de +4,1% a/a, refletindo tanto uma leve expansão da arrecadação quanto a continuidade da trajetória positiva do resultado financeiro.

    Apesar de mantermos uma visão positiva para 2025, sustentada principalmente pelo crescimento do resultado financeiro, revisamos nossa projeção de lucro de R$ 9,1 bilhões (+11,1% a/a) para R$ 8,9 bilhões (+9,6% a/a), refletindo uma maior dificuldade da companhia em expandir os prêmios de seguros e a persistência das captações líquidas negativas em previdência – tendência que deve ser agravada pelas medidas de tributação impostas pelo governo.

    Valuation: Reiteramos COMPRA, mas com redução de preço-alvo

    Vemos BB Seguridade como um ativo defensivo em um ambiente de juros elevados, beneficiando-se de seu modelo de negócios resiliente e de uma geração de caixa consistente. Após a correção recente, que refletiu um 1T25 mais fraco do que o esperado, a ação passou a negociar a múltiplos mais atrativos: 7,7x P/L 2025e, 7,3x P/L 2026e e um dividend yield estimado de 10,8% em 2025.

    A possível renegociação dos contratos de distribuição com o Banco do Brasil pode representar um catalisador relevante, principalmente considerando que parte do mercado ainda não perpetua o modelo da companhia após 2033.

    Reiteramos nossa recomendação de COMPRA, mas reduzimos o preço-alvo de R$ 50,00 para R$ 47,40, o que representa um upside potencial de 33,9% em relação ao último fechamento.

    Apesar do crescimento de lucro estimado em torno de 10% para 2025, projetamos um ritmo mais moderado em 2026, refletindo a provável queda da Selic, o que tende a reduzir a alavancagem financeira da holding.

    Ainda assim, em um contexto de incerteza macroeconômica, a BB Seguridade se destaca como uma opção sólida, combinando resiliência a ciclos de juros altos, geração de caixa, dividendos consistentes e valuation atrativo.

    Entretanto, em termos relativos, seguimos com preferência por Porto (PSSA3) no setor, dada a maior visibilidade em iniciativas de crescimento orgânico e diversificação operacional.

    BB Seguridade | Prévia 2T25: Expansão de Lucro em 3 das 4 Verticais

    Brasil Seg (Unidade de Seguros): Lucro Deve Avançar com Melhora da Sinistralidade

    Para o 2T25, projetamos um lucro líquido de R$ 1,26 bilhão, alta de +13,8% t/t e +25,4% a/a. O desempenho positivo deve refletir a combinação entre uma melhora na sinistralidade — beneficiada por menores ocorrências em Rural e Prestamista — e um bom resultado financeiro, ainda sustentado pelo patamar elevado da Selic.

    Os prêmios emitidos devem seguir com uma dinâmica enfraquecida. Projetamos uma queda de -8,0% t/t e -1,0% a/a, impactada principalmente pela continuidade da baixa demanda no seguro Rural, diante da menor concessão de crédito agrícola — reflexo da inadimplência elevada, que restringe o acesso dos produtores a novas contratações. Em contrapartida, esperamos uma leve recuperação na produção do seguro prestamista, favorecida pelo avanço do crédito consignado privado no Banco do Brasil, compensando o fraco desempenho nas linhas de seguro voltadas a Pessoas Jurídicas e prestamista consignado INSS, que seguem pressionadas.

    A melhora da sinistralidade deve impulsionar o resultado operacional no trimestre. Projetamos uma redução de -2,5pp t/t e -6,5pp a/a, refletindo a queda nos sinistros de linhas que haviam sido pontualmente pressionadas no início do ano, como Rural e Prestamista. Na comparação anual, vale destacar que o 2T24 foi marcado pelas enchentes no Rio Grande do Sul, o que contribui para a forte melhora da sinistralidade a/a, principalmente nos segmentos Rural e Habitacional.

    O resultado financeiro deve continuar sendo o principal vetor de crescimento do lucro. Frente ao cenário de juros elevados, estimamos um resultado financeiro de R$ 345 milhões, avançando +22,2% t/t e +60,9% a/a.

    Brasil Seg | 2T25e: Redução da Sinistralidade e Resultado Financeiro Impulsionam Lucro

    Brasil Prev (Unidade de Previdência): Captações Pressionadas por Tributação de Aportes

    Projetamos um lucro líquido de R$ 427 milhões, avançando +20,1% t/t e +23,0% a/a. Vale destacar que o 2T24 foi impactado pela constituição de provisões técnicas extraordinárias, o que favorece a base de comparação e contribui para o crescimento mais expressivo do lucro na leitura anual. Na variação sequencial, o principal vetor de expansão da última linha deve ser o resultado financeiro.

    No entanto, a companhia deve enfrentar desafios do lado operacional, com impacto negativo sobre a captação vindo do decreto que impôs a cobrança de impostos sobre contribuições acima de R$ 50 mil a partir da última semana de maio. Mesmo com o reajuste do teto anual de aportes para R$ 300 mil no início de junho (via MP 1303), o impacto na captação do mês foi relevante. Nesse contexto, acreditamos que a contribuição líquida deve seguir negativa no trimestre.

    Ainda assim, as reservas devem continuar em trajetória de crescimento, sustentadas pela rentabilidade dos ativos. Projetamos uma expansão de +2,6% t/t e +9,9% a/a, ainda abaixo do guidance anual de 12% a 16% a/a.

    O resultado financeiro deve apresentar bom desempenho sequencial, favorecido pela deflação do IGP-M observada ao longo do trimestre. Como parte relevante do passivo da Brasilprev é indexada ao IGP-M, a queda do índice reduz a correção monetária das obrigações, aliviando a despesa financeira e contribuindo positivamente para o resultado líquido. Estimamos um resultado financeiro de R$ 109 milhões, avançando +51,3% t/t e estável na comparação anual.

    Brasil Prev | 2T25e: Tributação Freia Captação, mas Resultado Financeiro Sustenta Lucro

    Brasil Cap (Unidade de Capitalização): Resultado Financeiro Impulsiona Lucro

    Para o 2T25, projetamos um lucro líquido de R$ 80 milhões, alta expressiva de +48,4% t/t e +12,5% a/a, impulsionada por um forte resultado financeiro.

    A receita líquida com títulos deve recuar -4,7% t/t, mas com avanço sólido de +24,1% a/a, refletindo o crescimento das arrecadações em relação ao mesmo período do ano passado.

    O resultado financeiro deve seguir como principal motor de crescimento de lucro, beneficiado pelo elevado patamar da Selic, uma vez que a carteira permanece majoritariamente alocada em ativos pós-fixados. Na comparação sequencial, a melhora deve ser ainda mais evidente, dado que o 1T25 foi pressionado por ajustes negativos em operações de hedge. Projetamos um resultado financeiro de R$ 139 milhões no trimestre, representando um avanço de +89,4% t/t e +19,5% a/a.

    Brasil Cap | 2T25e: Resultado Financeiro Deve Seguir como Principal Motor de Crescimento de Lucro

    BB Corretora: Menor Contribuição de Seguros e Previdência

    Para a BB Corretora, projetamos um lucro de R$ 827 milhões no 2T25, com leve queda sequencial de -2,6% t/t, mas ainda avançando na base anual (+4,1% a/a).

    As receitas de corretagem devem recuar -2,6% t/t, impactada pela dinâmica fraca na emissão de prêmios na unidade de seguros. Na base anual, esperamos crescimento de +2,2% a/a, impulsionado pelo bom desempenho da unidade de capitalização, que deve mais do que compensar a menor contribuição da previdência — que ainda deve apresentar uma captação líquida negativa no período.

    BB Corretora | 2T25e: Receitas de Corretagem Impulsionadas pela Unidade de Capitalização

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