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    Publicado em 08 de Julho às 17:06:25

    BB Seguridade (BBSE3) | Dados de Mai/24: Desastre do RS eleva a sinistralidade e prêmios contraem no mês

    Em mai/24, a BB Seguridade reportou um lucro líquido ex-corretora de R$ 365m, representando uma retração de -2,8% m/m e -6,0% a/a. O mês foi impactado pela queda nos resultados da unidade de capitalização (-38,9% m/m) e, principalmente, no resultado da seguradora (-16,2% m/m), a qual foi fortemente impactada pela elevação dos sinistros (+126% m/m).

    Acreditamos que o aumento da sinistralidade esteja relacionado à catástrofe no Rio Grande do Sul, já que todos os dias do mês de maio foram afetados pelo desastre. Em nossas estimativas, o impacto total da catástrofe no lucro poderá ser de aproximadamente R$ 164 milhões, cerca de 2% do lucro esperado para 2024. (link do relatório)

    Do lado mais positivo no mês, a unidade de previdência apresentou uma expansão de lucro de +38,5% m/m e +3,9% a/a, guiado pela retomada do resultado financeiro.

    A SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) não reporta os dados da corretora, mas, segundo nossas estimativas, considerando a vertical corretora, o lucro final seria de R$ 608,3 milhões (-2,8% m/m e -6,0% a/a).

    Apesar de acreditarmos que o 2T24 que deve ser afetado negativamente pelos efeitos do Rio Grande do Sul, vemos que as ações da BB Seguridade estão sendo negociadas a um nível de valuation atrativo, com um P/L estimado de 8,4x para 2024 e com um dividend yield de 10,3%. Dessa forma, reiteramos nossa recomendação de COMPRAR com preço-alvo de R$ 44,00.

    BB Seg (Seguros): Crescimento de prêmios aquém do mercado e forte aumento da sinistralidade

    Em maio de 2024, a vertical de seguros apresentou um lucro líquido de R$ 282,3 milhões, forte contração de -16,2% m/m e -10,7% a/a. O mês foi impactado por um aumento significativo nas despesas com sinistros (+126,2% m/m e +131,2% a/a), o que levou a um aumento significativo no índice de sinistralidade (+4,7pp m/m e +3,3pp a/a), fechando em 42,4%. Essa forte expansão da sinistralidade, que acreditamos que parte esteja relacionado com a catástrofe ocorrida no Rio Grande do Sul, derrubou o resultado operacional da unidade de seguros, que contraiu -15% m/m e -10,7% a/a.

    Em relação aos prêmios emitidos, o único segmento de seguros que apresentou crescimento na comparação anual em mai/24 foi o Residencial (+23,5% a/a). No mês, os destaques negativos foram o segmento Vida, que contraiu -11,7% a/a, e o Prestamista, que registrou queda de -19,9% a/a. Parte dessa retração pode ser atribuída à mudança contábil na contabilização de prêmios cedidos em cosseguro. Desconsiderando os efeitos dessa mudança, as quedas nos prêmios dos segmentos Vida e Prestamista seriam de -3,6% a/a e -3,7% a/a, respectivamente. O segmento rural também apresentou desempenho negativo no mês, com retração de -17,8% a/a, devido à robusta queda no volume de emissões do seguro agrícola (-40,2% a/a).

    BB Prev (Previdência): Expansão de lucro guiada pelo resultado financeiro

    Em mai/24, o lucro líquido da unidade de previdência apresentou uma expansão de lucro de +38,5% m/m e +3,9% a/a, ficando em R$ 186,8m. O resultado financeiro foi o principal propulsionador da expansão mensal (+422% m/m e +15,1% a/a), que compensou a queda nas receitas com taxas de gestão (-3,8% m/m e +4,9% a/a).

    Do lado negativo, as contribuições com previdência registraram uma retração de -14,3% a/a, significativamente pior que o mercado ex-BB Seg, que expandiu +42,4% a/a. Esse desempenho inferior pode ser atribuído, em parte, ao menor ticket médio das contribuições no período. As reservas da Prev também ficaram abaixo do crescimento médio do mercado, com um aumento de +13,1% a/a, enquanto o mercado cresceu +15,2% a/a.

    BB Cap (Capitalização): Queda no lucro e na arrecadação

    A unidade de capitalização apresentou um lucro líquido de R$ 20m, forte contração de -38,9% m/m e -19,6% a/a. Na comparação mensal, o lucro foi impactado pela elevação de despesas administrativas (+7% m/m) e pela significativa redução no resultado financeiro (-21,9% m/m).

    No mês, a arrecadação contraiu -14,3% a/a, ficando bem abaixo do observado pelo mercado (+3,2% a/a), devido a redução da quantidade de títulos vendidos. Do lado positivo, as reservas técnicas cresceram +6,7% a/a, acima do crescimento do mercado (+0,7% a/a).

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