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    Publicado em 13 de Fevereiro às 20:43:16

    Casas Bahia (BHIA3) | Finalmente o FIDC

    O que aconteceu?

    A Casas Bahia anunciou o início operacional de seu fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC), estruturado pela Polígono Capital, com capital inicial de R$ 300 milhões e expectativa de atingir R$ 500 milhões nos próximos meses.

    O fundo, ativo desde dezembro de 2024 em fase de testes, busca fortalecer o crediário da companhia e diversificar o funding da operação. A gestão será da Polígono, com administração e custódia pelo BTG Pactual.

    No FIDC, 80% das cotas serão alocadas na classe sênior, que tem preferência no recebimento dos resgates e amortizações. A rentabilidade dessa cota é de CDI +5,5%, enquanto o risco da carteira está vinculado a pessoas físicas, resultando em uma estrutura pulverizada. Os 20% restantes serão destinados às cotas subordinadas.

    Vale lembrar que todas as lojas físicas passaram a atuar como correspondentes bancários, garantindo que os valores provenientes de crediários realizados via FIDC sejam depositados diretamente na conta desse instrumento, sem transitar pelo caixa da companhia.

    Nossa visão

    O FIDC era a última parte do plano de reestruturação, apresentado em 2023, que estava atrasado. Ceteris paribus no cenário macroeconômico amanhã (14/fev), acreditamos em uma reação positiva no mercado, uma vez que a operacionalização do instrumento é um gatilho importante para tese.

    Vale lembrar que, atualmente, o funding para fornecer crédito vinha sendo da Casas Bahia, o qual utilizava captações de CDCI com bancos parceiros (Bradesco e Banco do Brasil) para fornecer crédito aos seus clientes, com uma taxa pré-fixada de 18,3%.

    No 3T24, a companhia cresceu a carteira de crédito total (visão líquida) em R$ 236 milhões (+3,6% a/a) e devemos ver impactos relevantes somente ao longo do 2º trimestre, com a aceleração dessa carteira de crédito dando um boost nas vendas em lojas físicas e digital, diluindo as despesas fixas da companhia.

    Esperamos que, até o final do ano, o FIDC contribua para a expansão da carteira de crédito, que, somada ao funding do CDCI, pode alcançar R$ 7,3 bilhões até o final de 2025 (+15,1% a/a), segundo nossas estimativas.

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