GRUPO CASAS BAHIA

    Ações > E-Commerce > GRUPO CASAS BAHIA > Relatório > Casas Bahia (BHIA3) | O dominó caiu antes

    Publicado em 06 de Junho às 00:31:05

    Casas Bahia (BHIA3) | O dominó caiu antes

    O que aconteceu?

    Encerrado o pregão dessa quinta-feira (06/jun), a Casas Bahia anunciou que antecipou a conversão da 2ª série das debêntures para ações ordinárias, antes mesmo do período previsto (que começaria apenas em outubro/25). O movimento faz parte do plano de reestruturação de capital da companhia e se a conversão acontecesse hoje, seria emitido cerca de 329 milhões de ações (diluição de 78%).

    As ações resultantes da conversão da 2ª série de debêntures estarão sujeitas a um lock-up escalonado de 16 meses, conforme descrito no fato relevante. A lógica é gradual: no primeiro trimestre após a homologação do aumento de capital, os credores poderão vender até 10% das ações recebidas. Nos trimestres seguintes, esse percentual vai aumentando progressivamente até que, ao fim dos 18 meses, a totalidade das ações esteja liberada para negociação. Esse modelo evita uma pressão vendedora abrupta no mercado secundário, protegendo a cotação no curto prazo e favorecendo um processo de desalavancagem mais estável.

    Nossa opinião

    Vemos a notícia como positiva e surpreendente pela antecipação. Em nosso relatório publicado ontem, Casas Bahia (BHIA3) | Outubro pode acionar um efeito dominó, discutimos sobre como a conversão poderia ajudar a reprecificar o risco de crédito e aliviar a estrutura de capital de Casas Bahia, uma vez reduz substancialmente a dívida líquida da companhia. Ainda assim, há três grandes diferenças importantes em relação ao cenário traçado em nosso relatório:

    1) Os bancos credores — Bradesco e Banco do Brasil — não se tornarão controladores após a conversão, uma vez que as duas instituições financeiras irão vender os papéis para outro player financeiro (de identidade ainda não revelada), que se tornará o maior acionista da Casas Bahia.;

    2) A tese de follow-on para diluição futura dos bancos perde força, já que a conversão foi feita de forma mais pulverizada, o que torna a redução de despesas financeiras um pouco mais lenta do que o projetado em nosso cenário. Reforçamos que a conversão era, na nossa visão, o caminho mais racional e vantajoso para os credores. A aceleração desse evento sinaliza maior comprometimento com o plano de transformação da companhia;

    3) Extensão da carência de juros e principal para nov/27 (anteriormente em nov/26), o que dá maior flexibilidade para companhia pavimentar o caminho para geração de caixa ao longo dos próximos 2 anos;

    4) Dispensa temporária de cash sweep, o que libera a companhia da obrigação de destinar receitas extraordinárias (como captação de follow-on e/ou venda de ativos) à amortização da dívida por até 12 meses, criando uma janela de flexibilidade estratégica.

    Acesse o disclaimer.

    Leitura Dinâmica

    Recomendações

      Vale a pena conferir