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    Publicado em 10 de Agosto às 21:53:41

    BRF (BRFS3) | 2T22: Bem melhor!

    Vindo de um 1T22 a ser esquecido, a BRF reportou bons números para o seu resultado do 2T22, superando expectativas em algumas de suas principais linhas. Enxergamos um ambiente de consumo mais favorável para a empresa, além de uma melhora nos preços dos grãos, que estavam pressionando muito os custos anteriormente. Com isso dito, a empresa ainda está reportando prejuízo, além de acreditarmos que o cenário favorável tem que se concretizar e a empresa executar bem seus planos de expansão para sair do buraco que ela estava. Seguimos com uma recomendação de MANTER para a BRF, com o preço-alvo de R$ 15,00.

    Resultado

    Assim como mencionado acima, vimos no 2T22 um alívio da forte pressão nos custos da BRF que vimos no primeiro trimestre do ano. As commodities milho e soja compõem os principais custos para a empresa, e ambos produtos estavam em preços altíssimos por conta da dinâmica de oferta e demanda global, além da guerra Rússia x Ucrânia, que pressionaram ainda mais os preços globais de muitas commodities (a Ucrânia é uma das principais produtoras e exportadoras de milho do mundo). Esse cenário, junto com uma melhor demanda por carne de frango no Brasil e em mercados internacionais, impulsionaram melhores números para a BRF. Quanto ao EBITDA da companhia, vimos um crescimento de 7,6% a/a, chegando ao nível de R$ 1,4 bilhão no 2T22, 20% acima da nossa estimativa de R$ 1,1 bilhão. A margem EBITDA também nos surpreendeu positivamente, 1,9 p.p. acima da nossa expectativa chegando a 10,3%, porém ainda é uma queda de -0,6 p.p. em relação ao mesmo período no ano passado.

    A melhora nos dados operacionais da empresa (receita líquida e EBITDA) veio muito por conta de melhores números no Brasil, que corresponde por cerca de 50% das operações totais da companhia e onde vimos um aumento no preço da carne de frango. No mercado internacional também vimos um bom desempenho, com a exceção de China, que teve forte redução de importações de carne suína dado que os chineses retomaram os rebanhos do animal. O prejuízo líquido de R$ 304 milhões foi pior do que nós esperávamos, e o nível de alavancagem da companhia ainda está alto em nossa visão, em 3,14x dívida líquida/EBITDA. A tendência é de melhora ao longo dos próximos trimestres, porém ainda preferimos esperar para ter uma visão mais otimista em relação a empresa.

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