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    Publicado em 12 de Agosto às 07:55:36

    brMalls (BRML3): Análise trimestral 2T22 – Not so hot but still warm (pt. 2)

    A brMalls apresentou resultados muito semelhantes ao que vimos em Aliansce Sonae, ao menos do ponto de vista operacional. Ou seja, apesar de mostrar uma boa recuperação dos números vistos durante a pandemia, o nível de vendas e crescimento do aluguel são inferiores ao que vemos em Iguatemi e Multiplan. Quando comparamos ao 2T19, as vendas cresceram +18,8% enquanto o SSR cresceu 37,9% (compare com ALSO, vendas +20,9% e SSR de +37,9%). Assim, tivemos uma redução acelerada do custo de ocupação, que retornou a níveis próximos do patamar histórico, atingindo 10,6% (-2,2p.p. t/t). Além disso, a brMalls divulgou prévia de vendas de julho, mantendo um nível de vendas acima do mesmo mês de 2019, mais precisamente 16,5% acima.

    A taxa de ocupação dos shoppings apresentou uma leve queda de 0,6p.p., caindo para 97,0%, o maior valor entre as companhias listadas, mesmo após a queda. Com isso, a receita líquida veio em R$ 356m (+40,6% a/a e +22,9% vs 2T19), em linha com a nossa expectativa. Também vimos uma redução na inadimplência para um nível negativo de 1,4%, representando recuperação créditos antigos.

    No segmento de mídia, um dos diferenciais da brMalls e que deve ser fonte de crescimento de receita pós fusão, vimos a receita do segmento estável em 5,8% da receita bruta da companhia, atingindo R$ 22,6m. A expectativa é que mídias atinjam 20% da receita bruta da brMalls no médio prazo (algo próximo a 2025).

    Os custos seguiram em um trajetória de repasse abaixo da inflação, considerando a base comparativa do 2T19, os custos cresceram 12,4%, muito abaixo da inflação do período. Assim, a margem NOI continua a crescer, chegando em 89,5% (+0,5p.p. a/a e +1,9p.p. vs 2T19) e atingindo R$ 313m no trimestre. Já o SG&A cresceu acima da inflação no período, passando de R$ 47m no 2T19 para R$ 62m (+33,7%), impactada por uma maior remuneração aos funcionários.

    A venda do shopping Uberlândia impactou positivamente o EBITDA da companhia, com um efeito positivo de R$ 91,7m. Sem este efeito, a margem EBITDA teria vindo em 66,4%, ainda um pouco abaixo do patamar de 2T19 de 73,6%. A venda também afetou positivamente o lucro e FFO em R$ 55,9m. Sem o efeito, tivemos um lucro líquido de R$ 110m (margem de 30,9%) e FFO de R$ 118m (margem FFO de 33,1%).

    De forma geral, recebemos bem o resultado de brMalls, que não fugiu às nossas expectativas e às do mercado, além de se comportar quase como uma irmã gêmea de ALSO, que já reportou ontem e serviu de proxy para os resultados de hoje. Seguimos com recomendação de Compra para brMalls com preço-alvo de R$ 12,00, mas ressaltamos que, devido à fusão com brMalls, a negociação das ações dificilmente irá seguir fundamentos até a conclusão da transação.

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