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    Publicado em 26 de Julho às 22:32:48

    Carrefour (2T22) | Atacadão segue como o “camisa 10”

    A maior varejista do Brasil abriu a temporada de balanços do setor nessa terça-feira, 26 de junho. O Carrefour Brasil (CRFB3) divulgou um balanço positivo, apresentando um ganho de participação de mercado de 1,2 p.p. (base anual) no segundo trimestre de 2022.

    Com uma receita líquida de R$ 24 b, o balanço consolidado apresentou um “top line” 5% acima do esperado, impactado positivamente pelo faturamento do Grupo BIG em relação ao mês de junho. A maior surpresa veio para a margem EBITDA ajustada do segmento de varejo, reflexo de uma diluição de SG&A acima do que estimávamos.

    Vale destacar que, apesar da margem vir acima do esperado para o segmento, o Carrefour ainda precisa caminhar para melhorar sua margem EBITDA no horizonte de médio prazo. Mantemos nossa recomendação de COMPRA para o CRFB3, com preço-alvo YE22 de R$ 22. Separamos a tabela abaixo com os números consolidado em relação a nossa expectativa.

    Receita líquida

    Varejo. A categoria de alimentos continuou mostrando forte desempenho sequencial (LfL de 10,5% ex-gasolina), mesmo diante de uma inflação de alimentos persistentemente alta. Para enfrentar esse cenário, consumidores tem direcionado seus hábitos de consumo para produtos mais baratos, dinâmica essa que podemos confirmar através da análise do aumento de penetração de marcas próprias das vendas totais (20% das vendas, +4,7 pp na base anual).

    Por outro lado, o segmento não alimentar ainda encontra certa dificuldade na recuperação de vendas, pressionado pela categoria de eletroeletrônicos.

    Atacadão. Com um LfL de quase 20%, o Atacadão teve um trimestre brilhante, impactado positivamente por um maior fluxo durante o período de aniversário da bandeira e, também, por uma forte dinâmica comercial, que levou a companhia a investir em preços (queda de margem) em detrimento de um maior crescimento para “top line”.

    Vale chamar a atenção para o canal digital, que já representa 3,4% das vendas totais da bandeira (+1,1 p.p t/t).

    EBITDA

    Varejo. Com um EBITDA ajustado de R$ 326 m e uma margem EBITDA de 5,8% (-70 bps a/a), o segmento de varejo sofreu com uma maior pressão na linha de custos de mercadoria vendida, apresentando um recuo de 1,4 pp na margem bruta ano a ano. As despesas SG&A, por outro lado, foram diluídas, consequência de um aumento no volume no Varejo.

    Atacadão. A dinâmica para o braço de atacarejo foi similar. Como já dito, o Atacadão investiu em preço nesse trimestre, o que levou sua margem bruta para 14,1% (-80 bps a/a). A diluição das despesas SG&A ajudaram a diminuir o impacto na margem EBITDA do período, que recuou 20 bps para 6,7%.

    Lucro líquido

    Apesar de vermos uma diluição da última linha do balanço, decorrente da integração do Grupo BIG, o lucro líquido consolidado para o grupo ficou 12% acima de nossa estimativa. O Carrefour apresentou um “bottom line” ajustado de R$ 600 m. Se excluíssemos o Grupo BIG do resultado, o lucro líquido ajustado seria de R$ 631 m no 2T22.

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