Bom, mas sem gatilhos.
Reiteramos nossa recomendação de MANTER para as ações da CEMIG. A empesa apresentou números que superaram as nossas estimativas e as do consenso. A empesa apresentou crescimento de receita líquida, do EBITDA, relativo controle de aumento de custos e diminuição das perdas não-técnicas. Entretanto, como já mencionamos em nosso relatórios anteriores, acreditamos que a Cemig seja um caso de empresa estatal que se encontra razoavelmente bem gerenciada e, uma vez que os resultados estejam vindo em linha com as nossas expectativas e do consenso, que o governo estatual ainda não tenha sinalizado nenhum movimento de privatização, não vemos pontos interessantes de entrada e preferimos outros nomes do setor elétrico que possam ser mais interessantes, tanto no quesito de valorização das ações, quanto no pagamento de dividendos, por isso mantemos nosso discurso e recomendação para as ações da CEMIG em MANTER.
Detalhamento dos Resultados 1T23
EBITDA acima das estimativas do mercado. A receita líquida da companhia totalizou R$ 8.6 bilhões, aumento de 10% se comparado ao 1T22, em função do aumento da receita de TUSD e aumento do fornecimento de gás, aumento do volume de energia vendida, compensado parcialmente pela redução da alíquota de ICMS a partir do segundo semestre de 2022.
Os custos e despesas operacionais apresentaram crescimento de 8,5% quando comparado ao 1T23, totalizando R$6.9 bilhões. Esse aumento de custos foi função do aumento no custo com energia comprada, aumento na despesa com gás comprado para revenda e crescimento no custo de construção.
Com isso o EBITDA consolidado foi de R$2.16 bilhões, enquanto o EBITDA ajustado foi de R$2.07 bilhões. O resultado financeiro foi negativo em R$105 milhões, redução de 133% a/a, devido principalmente a menor receita de aplicações financeiras e variação monetária negativa do dólar no período. Por fim, a companhia apresentou um lucro líquido de R$1.27 bilhões, praticamente estável a/a.