Em linha com as expectativas.
Reiteramos nossa recomendação de MANTER para as ações da CEMIG. A empesa apresentou números que superaram as nossas estimativas e as do consenso. A empesa apresentou crescimento de receita líquida, do EBITDA, diminuição dos custos e diminuição das perdas não-técnicas, um resultado como sempre bom e que pode ajudar a aumentar a atratividade da empresa no caso de privatização.
Entretanto, como já mencionamos em nossos relatórios anteriores, acreditamos que a Cemig seja um caso de empresa estatal que se encontra razoavelmente bem gerenciada e, pelas nossas estimativas, já se encontra negociando a um preço justo. O evento que faria a empresa negociar em outros patamares, seria a privatização, mas enquanto o governo de Minas Gerais não avançar nessa questão, não vemos motivos para entrar no case da companhia, preferindo outros nomes do setor elétrico que podem se valorizar mais e pagar mais dividendos. Por isso, reiteramos nossa recomendação para as ações da CEMIG em MANTER.
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Detalhamento dos Resultados
EBITDA acima das estimativas do mercado. A receita líquida da companhia totalizou R$ 8.8 bilhões, aumento de 7,4% se comparado ao 2T22, em função do aumento da receita de TUSD e aumento do fornecimento de gás e aumento do volume de energia vendida.
Os custos e despesas operacionais apresentaram redução de 13,5% quando comparado ao 2T22, totalizando R$7.3 bilhões. Essa redução de custos decorre principalmente da inflação que ocorreu no 2T22 referente a exclusão do ICMS nas tarifas de energia e que agora já se encontra normalizada. Além disso, houve também redução da linha de “pessoal” em função do PDV feito pela empresa no trimestre.
Com isso o EBITDA consolidado foi de R$1.8 bilhões. O resultado financeiro foi de R$39 milhões, revertendo prejuízo de R$870 milhões do 2T22. Essa diferença decorre da restituição de PIS/PASEP que foi realizada no período passado. Por fim, a companhia apresentou um lucro líquido de R$1.25 bilhões, 11% menor do que no 1T23.
