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    Publicado em 20 de Agosto às 21:42:35

    Cemig (CMIG4) | Dia do Investidor: O que achamos?

    Conclusão

    Em geral, achamos as notícias positivas sobre a tese da Cemig. Entretanto, é importante mencionar que a maior parte dos tópicos já tinham sido abordados em nosso documento sobre a viagem que fizemos com a empresa no Rio de Janeiro (para maiores informações, clique aqui – Cemig (CMIG4) | Conversa com Investidores: Bons detalhes sobre a operação!). Sendo assim, vamos ser mais breve do que geralmente somos nessa nota para evitar redundância de informação.

    Como mencionamos no mesmo documento, seguimos com a recomendação de MANTER. A empresa negocia com upside mais restrito em relação ao nosso preço-alvo depois da performance positiva das ações pós 2T24. Aos atuais níveis de preço, vemos a empresa negociando com uma TIR implícita de 10% e EV/EBITDA 24E 5,4x – interessante, mas seguimos com a nossa preferência em ELET3 por julgarmos um case mais barato, com mais prazo médio de concessões mais estendido e com um gatilho de curto prazo importante a ser resolvido no curto prazo (o acordo relacionado ao ADI). Seguimos com a esperança do assunto da privatização da empresa voltar a mesa após a realização das eleições municipais por acharmos que o processo de federalização não deva acontecer nos melhores termos nem para a empresa e nem para o próprio governo federal. Como principais riscos ao case, citamos:  I) empresa segue com concessões curtas no segmento de geração, II) caso Governador Romeu Zema não eleja seu sucessor, a a gestão da Cemig pode ser radicalmente alterada a depender da plataforma política que vá assumir, III) Federalização do ativo é pouco provável, mas não pode ser totalmente descartada.

    Os fatos

    Estivemos hoje no dia do Investidor da Cemig. Vamos elencar nos pontos abaixo as informações que julgamos mais interessante para a tese.

    Privatização: sai ou não sai? | A diretoria segue defendendo no cenário de transformação em uma corporation (ou seja, fazer com que o estado deixe de ser o controlador com mais de 50% das ações) – o que achamos positivo, naturalmente. Entretanto, é importante mencionar que ainda não observamos nenhuma novidade do front político tanto por parte da Assembléia de Minas Gerais e, também, nenhuma movimentação clara no sentido de avançar com a federalização da empresa (que é abarrotada de entraves, como a ausência de prêmio em relação ao custo do ativo para o governo federal e direito de tag along para acionistas ordinários). Sendo assim, nos resta aguardar o fim das eleições municipais e ver como ficaria o clima pós-eleições.

    Renovação das Concessões de Geração | Estão sendo considerados três cenários para as concessões de geração da empresa: I) ir para o regime de cotas, onde a empresa mantém a operação das geradoras mas passa a vender a sua energia a preços pré-determinados pela ANEEL, muito inferiores aos preços de mercado, II) encontrar um parceiro estratégico, fazer uma sociedade de propósito específico com as ativos que estão vencendo e permanecer com uma fatia de 49% e III) transformar a empresa em uma corporation via privatização, levantar capital e pagar pela renovação dessas concessões (algo parecido com o que a Eletrobras fez), sendo esse o cenário idealizado. Entendemos que o terceiro cenário seria o melhor, mais desejado e aquele que atenderia os interesses do controlador e do acionista minoritário.

    Desinvestimentos & Oportunidades | Empresa segue com a idéia de eventualmente desinvestir de sua participação na TAESA (TAEE11). Considerando a fatia de 21,65% que a CEMIG detém na TAESA, o valor a ser levantado seria de até R$2,7 bilhões, sem considerar o imposto sobre ganho de capital. Vale lembrar que apesar da política de dividendo limitar a distribuição em até 50% do seu lucro, a empresa tem dito que pretende distribuir todo o recurso gerado da venda de ativos (como no caso da Aliança Geração). Do ponto de vista das oportunidades, a diretoria segue observando o possível IPO da Gasmig – algo amplamente divulgado em outros eventos da empresa.

    Endividamento & Dividendos | Apesar do endividamento sob controle, a empresa foi enfática em sua moderação no que diz respeito ao pagamento de dividendos ou eventuais aquisições e deve permanecer com sua política de distribuição de apenas 50% do seu lucro líquido. Uma vez mais o management foi vocal quanto ao agressivo plano de investimentos que será tocado pela empresa e que, tudo mais constante, espera levar a relação dívida líquida/EBITDA para 2,5x até 2027.

    Investimentos & Minas Gerais | Empresa segue com foco de manter seus investimentos no estado de Minas Gerais, um contraste em relação a política de investimento em outros estados (como o caso da Light).

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