A Tenda apresentou um 3T25 positivo, superando levemente o consenso de mercado. Entre os destaques positivos, temos: (i) o ROE dos últimos 12 meses atingiu 38,9%, maior patamar da história da companhia; (ii) a margem bruta ajustada do segmento Tenda se manteve em 36,4%, dentro do intervalo superior do guidance para 2025; e (iii) a geração de caixa operacional da marca Tenda alcançou R$ 139,2 milhões no trimestre. Por outro lado, a Alea segue em fase de reestruturação. Apesar de leve melhora em relação ao 2T25, a divisão reportou queima de caixa de R$ 24,1 milhões e uma margem bruta negativa de -3,8%.
Ainda em relação ao segmento Alea, a companhia explicou que o ritmo mais lento de tração se deve principalmente à dependência de empreiteiros terceirizados. Esse modelo acabou gerando desajustes na velocidade das obras e impactou a capacidade de ganho de escala no curto prazo. No entanto, a empresa reafirmou que, ao longo de 2026, pretende estabilizar o segmento, reduzindo a dependência externa e consolidando suas margens.
Com relação ao guidance de rentabilidade, a companhia comentou que deve conseguir permanecer dentro da meta de margem bruta ajustada para o segmento Tenda, o que consideramos altamente provável diante da consistência operacional recente. Por outro lado, embora haja lançamentos previstos para o último trimestre no segmento Alea, a companhia já indicou que não espera avanço relevante na margem bruta, de modo que o guidance desse segmento não deve ser alcançado. Ainda assim, avaliamos que a empresa deve conseguir consolidar a reestruturação da operação e iniciar um processo de turnaround mais consistente a partir do segundo semestre de 2026.
A receita líquida reportada foi de R$ 1,14 bilhão, avanço de 24,5% a/a e 1,6% acima do consenso. A margem bruta ajustada ficou em 31,3%, praticamente estável (-0,9 p.p. a/a) e em linha com as estimativas do mercado (31,1%). O lucro líquido somou R$ 111,7 milhões, alta de 46,6% sobre o 3T24 e 8,3% acima das estimativas. Por fim, o ROE consolidado alcançou 38,9% no acumulado dos último doze meses, representando um crescimento de 31,8 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado, e por sua vez superando o consenso do mercado em 4 p.p..

