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    Publicado em 11 de Maio às 07:52:08

    Cury (CURY3) | Análise do resultado trimestral

    O resultado da Cury segue vindo forte mesmo em um ambiente difícil para as construtoras, com uma pressão inflacionária ainda muito alta. Seus resultados vieram praticamente em linha com as nossas expectativas, seguindo com margens elevadas e muito resilientes. Seguimos confiantes com a Cury e seguros na nossa escolha da companhia como top pick do setor. Mantemos nosso preço alvo de R$ 12,00 e recomendação de Compra, onde vemos uma grande oportunidade dado o desconto excessivo nos preços das ações que hoje negociam a 6x P/E 2022E. Ainda, a posição de caixa e o modelo de negócios gerador de caixa permite o pagamento de bons dividendos (payout de 67% em 2021, ~10% de DY), oferecendo um bom carrego das ações enquanto a visão de mercado sobre o setor não melhora.

    Em nível de lançamentos, a Cury seguiu forte, iniciando o ano de maneira mais acelerada que 2021, atingindo um VGV lançado de R$ 781m. Mesmo com crescimento de 32% a/a nos lançamentos e aumento de 21% no preço dos lançamentos, a VSO anual continuou em nível altíssimo de 72% anual (-0,1p.p. t/t e +3,0p.p. a/a), implicando em um recorde histórico de vendas no trimestre, que chegou a R$ 753m (%Cury). Se olharmos para os 5 empreendimentos lançados neste primeiro trimestre, dois deles já estão completamente vendidos em menos de 5 meses e os outros três seguem a mesma tendência de venda integral antes do início das construções.

    A margem bruta, que ultimamente é um dos problemas enfrentados pelas empresas do setor, veio boa, ainda em 37,2%. A Cury tem conseguido manter estes níveis elevados de margem principalmente graças à sua estratégia de atuar nas faixas mais altas do PCVA e acima do programa, possibilitando aumento nos preços dos imóveis. Além disso, eles tem sido capazes de utilizar o modelo de crédito associativo (repasse na planta) em empreendimentos fora do PCVA, garantindo uma boa geração de caixa basicamente todo trimestre. Neste 1T22, a geração foi de R$ 8m mesmo com crescimento do landbank e ainda com crescimento de significativo de contas a receber (boa parte atrelado ao crédito associativo da Caixa).

    O nível de despesas comerciais apresentou uma queda de 5,5% mesmo com nível de lançamentos praticamente estáveis em relação ao 4T21, mas a margem foi negativamente impactada por um aumento de despesas relacionadas a processos judiciais em função do mais alto volume de acordos no trimestre. Assim, a margem EBITDA segue saudável em 18% com EBITDA ajustado de R$ 80m no 1T22.

    Em vista da sua forte posição de caixa, fechando o trimestre com R$ 212m de caixa líquido, o impacto do aumento da Selic foi muito brando no resultado financeiro, representando apenas -R$ 4m. Com isso, a margem líquida segue em um nível bom de 13,8%, apresentando um lucro líquido de R$ 62m.

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