Seguindo a mesma linha da Direcional, a Cury também reportou resultados sólidos no 1T25. O setor de construtoras voltadas à baixa renda segue beneficiado por um ambiente de demanda favorável, impulsionado pela ampliação contínua dos recursos destinados ao MCMV e, mais recentemente, pela criação da Faixa 4, cuja implementação ocorre a partir de maio. Os lançamentos do trimestre somaram R$ 2,8 bilhões, avanço de 47,7% a/a, enquanto as vendas líquidas acompanharam o ritmo, totalizando R$ 2,1 bilhões (+35,7% a/a), com um VSO de 45,4%, reforçando o momento operacional positivo da companhia. A receita líquida atingiu R$ 1,2 bilhão (+45,2% a/a), refletindo a alta concentração de vendas em lançamentos — mais de 70% do total — o que compensou a menor contribuição de projetos em estágio avançado de obra, típica da sazonalidade do primeiro trimestre.
A margem bruta ajustada avançou para 39,2%, crescendo 1,2 p.p. na comparação com o 1T24 e permanecendo em patamar elevado mesmo diante de um INCC acumulado de 7,54% no período. Do lado operacional, observamos uma melhora marginal em termos de eficiência, considerando que tanto as despesas administrativas quanto as comerciais apresentaram redução relativa em relação à receita líquida. O lucro líquido atingiu R$ 233,7 milhões (+51,7% a/a), novo recorde histórico, com margem de 19,2%, enquanto o ROE alcançou 67,5%, um dos mais altos do setor, refletindo a robusta geração de valor e a eficiência do modelo de negócios. Por fim, destacamos a geração de caixa positiva de R$ 25,7 milhões, mantendo uma impressionante sequência de 24 trimestres consecutivos crescendo e gerando caixa.
