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    Publicado em 16 de Janeiro às 08:22:41

    Construtoras | Prévias operacionais

    Direcional

    Avaliação da prévia: Neutra.

    A Direcional lançou 15 projetos no trimestre, totalizando um VGV de R$ 1,34b (+6% t/t e +49% a/a), sendo divididos em R$ 649m na marca Direcional, R$ 481m na marca Riva e R$ 206m nos dois projetos assinados dentro do programa Pode Entrar. Quando olhamos a visão anual, fica claro o crescimento da companhia, cujas marcas Direcional e Riva cresceram 9% e 48% a/a, respectivamente. Após o follow-on e com as melhorias no MCMV, a Direcional segue a caminho de mais um ano de crescimento forte.

    As vendas totalizaram R$ 994m, dos quais R$ 514m na marca Direcional, R$ 273m na marca Riva e a totalidade do Pode Entrar (R$ 206m). Lembramos que no programa paulista, as unidades são vendidas para a prefeitura, portanto distorcendo a métrica de velocidade de vendas. A VSO consolidada (%Direcional) desconsiderando o Pode Entrar foi de 15,4% (vs. 15,6% no 3T23).

    Ademais, a companhia divulgou uma queima de caixa operacional de R$ 15m no trimestre, o que nos parece razoável, dado o crescimento significativo nos lançamentos, especialmente da marca Riva (que tende a concentrar sua geração de caixa mais próximo à entrega dos imóveis). Apesar de entendermos que os números apresentados são bons, quando desconsideramos o Pode Entrar da conta, vemos uma manutenção de números operacionais já vistos no trimestre passado. Assim, avaliamos que o operacional bom, mas sem surpresas positivas deve implicar em uma reação neutra do mercado, com viés levemente positivo.

    Tenda

    Avaliação da prévia: Positiva.

    A Tenda lançou R$ 1,15b distribuídos em 21 projetos neste trimestre. O crescimento se deu tanto no segmento core quanto na Alea. No core, foram lançados R$ 992m (dos quais R$ 45m referente a um projeto do Pode Entrar) e na Alea foram lançados R$ 157m distribuídos em 8 projetos.

    Por outro lado, as vendas desaceleraram no segmento core, atingindo R$ 787m (-10% t/t) e cresceram na Alea, atingindo R$ 55m (+8% t/t). Com isso, houve uma queda na VSO consolidada, passando para 26,5% (vs. 30,2% no 3T23), muito impactada pela queda na VSO Tenda. Mesmo com esta queda, o patamar atual ainda nos parece bem saudável para garantir um giro de ativo alto o suficiente para garantir a manutenção de geração de caixa. Vale ressaltar que esta VSO se deu com a manutenção do preço de vendas dos imóveis, que ficou praticamente estável no comparativo trimestral (R$ 206k/unidade).

    O VGV repassado no trimestre ficou em R$ 710m, praticamente estável em relação ao trimestre anterior, o que leva a uma expectativa preliminar de geração de caixa muito próxima à do 3T23 (próxima a zero) – neste caso consideramos que o número de obras em andamento (que cresceu para 78) deve compensar o crescimento de VGV repassado nos últimos 12 meses (que passou de R$ 2,2b para R$ 2,4b).

    A manutenção do preço de vendas em um ambiente com INCC benigno deve ser suficiente para convencer os investidores que a Tenda segue a caminho de recuperação de margem, com capacidade de voltar a ultrapassar os 30% nos próximos 2 anos, mas com dúvidas ainda sobre a rentabilidade da Alea. A volta de lançamentos acima do patamar de R$ 1b e manutenção de uma VSO alta (mesmo com a queda) também devem ser bem recebidos. Assim, avaliamos a prévia como positiva.

    Mitre

    Avaliação da prévia: Positiva.

    A Mitre contou com apenas um lançamento neste trimestre, mas de tamanho monumental, totalizando um VGV de R$ 620m. O empreendimento Michigan está localizado no Brooklin, já está com 21% das unidades vendidas e deverá ter mais uma fase de R$ 170m a ser lançada futuramente.

    Com este lançamento contribuindo com R$ 121m nas vendas, a Mitre alcançou R$ 314m em vendas, praticamente estável no comparativo trimestral e anual (R$ 300m no 3T23 e R$ 320m no 4T22). Isto implica em uma VSO decente de 13% (vs. 14,1% no 3T23).

    Até este momento, a prévia nos pareceu neutra (lançamento do Michingan já foi muito divulgado previamente). A notícia positiva, que deve animar investidores é a geração de caixa do trimestre, que totalizou R$ 36m e marca o início de um período longo (de 4 a 6 trimestres) de geração de caixa positiva. A desalavancagem da companhia e entrega do primeiro ciclo de empreendimentos pós-IPO pode ser um trigger para reprecificação das ações da companhia e deverá ser acompanhada de perto para verificação da rentabilidade dos projetos.

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