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    Publicado em 12 de Agosto às 08:06:29

    Direcional (DIRR3) | Resultado 2T25: Bom, mas sem surpresas

    A Direcional apresentou resultados positivos no segundo trimestre de 2025, registrando novo recorde de receita líquida e avanço nas margens, reforçando a consistência de sua execução operacional e financeira. O desempenho foi alcançado mesmo em um cenário de INCC ainda acima da média histórica — 7,5% a/a, frente aos 6% que consideramos como referência. Esse movimento está alinhado ao que temos observado entre as construtoras voltadas para o segmento de baixa renda, que seguem se beneficiando do ambiente favorável impulsionado por medidas de estímulo do governo, especialmente no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). O ROE anualizado atingiu 32,7%, o maior já registrado pela companhia, resultado de uma estratégia consistente de aumento do giro de estoque, que vem acelerando a conversão de vendas em resultados e, consequentemente, ampliando a rentabilidade da companhia ao longo dos últimos anos.

    No campo operacional, os lançamentos atingiram R$ 1,90 bilhão em VGV, alta de 39,9% em relação ao 2T24 e de 111,3% na comparação com o trimestre anterior. As vendas líquidas totalizaram R$ 1,7 bilhão, crescimento de 3,6% a/a e de 26,4% t/t, com VSO líquida de 26%, em linha com o mesmo período do ano anterior e 3 p.p. maior que no 1T25. A margem REF se manteve em patamar elevado, encerrando o trimestre em aproximadamente 45%, enquanto o landbank chegou a R$ 49,9 bilhões em VGV potencial, expansão de 26% a/a.

    Do lado financeiro, a receita líquida somou R$ 1,1 bilhão, crescimento de 26,2% na base anual, enquanto o lucro bruto ajustado atingiu R$ 444 milhões, implicando margem bruta ajustada de 41,7%, aumento de 4 p.p. em relação ao 2T24, refletindo a eficiência no controle de custos mesmo com pressão inflacionária no setor. As despesas gerais e administrativas (G&A) totalizaram R$ 61 milhões, o que, apesar de um incremento nominal de 10% em relação ao 1T25 e de 16% frente ao 2T24, cresceu menos que a receita, resultando em diluição de 50 pontos-base em relação a ambos os períodos. Já as despesas comerciais permaneceram em linha percentual com a receita, representando 9,1% tanto no 2T25 quanto no 1T25. O EBITDA ajustado foi de R$ 274,4 milhões, com margem de 25,8%, enquanto o lucro líquido alcançou R$ 184 milhões, alta de 36% a/a, com margem líquida de 17,2%. A geração de caixa operacional foi positiva em R$ 395 milhões, mas com efeito não recorrente da entrada de um novo sócio na Riva e pela venda de recebíveis; ao desconsiderar estes efeitos, teria sido de “apenas” R$ 28m, sendo este o principal ponto negativo do resultado, ainda que justificável dado que a companhia segue crescendo rapidamente.

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