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    Publicado em 28 de Fevereiro às 03:11:21

    Energias do Brasil (ENBR3) | 4T22: Escorregando em alguns pontos!

    Dever de Casa Bem Feito, de novo!

    Seguimos com recomendação de MANTER para EDP. A empresa reportou um EBITDA acima das nossas estimativas e do consenso. Essencialmente, tal performance foi devido ao impacto da venda da Energest no valor de R$326 milhões. Excluindo tal valor, o EBITDA do 4T22 teria sido de R$1,1 bilhão, mais em linha com as nossas estimativas. Do ponto de vista operacional, observamos resultados mistos. Enquanto as distribuidoras performaram razoavelmente bem, o segmento de geração apresentou resultados fracos devido a queda de preços de geração e recontratação da empresa em níveis de preço inferiores ao anteriores – o que deve ser uma constante nos próximos resultados tendo em vista a fraca demanda de energia e os reservatórios cheios. Além disso, um teste de imparidade acabou por impactar negativamente a linha de depreciação da empresa em R$1,2 bilhões. Em nossa leitura, o mercado deve reagir negativamente a este resultaddo EBITDA a despeito do EBITDA reportado. Achamos o case da ENBR como muito interessante, mas se julgarmos as recentes quedas no setor de energia elétrica, preferimos fazer o stock picking em outros nomes que julgamos opções mais interessantes (ELET3, por exemplo).

    Detalhamento do 4T22

    EBITDA acima do consenso por motivos extraordinários. Conforme já mencionado acima, os ganhos relacionados a venda de um ativo acabou por impactar positivamente os resultados da empresa. Sem considerar os efeitos extraordinários, o resultado teria sido mais alinhado com as nossas estimativas (R$1,1 bilhão). No segmento de distribuição, os resultados foram razoaveis com impacto positivo do crescimento do mercado, reajustes tarifários e custos razoavelmente sob controle. Nesse trimestre, EBITDA da distribuição foi de R$591 milhões (vs R$538 milhões no 4T21, 9% a/a). No segmento de geração, o EBITDA foi de R$257 milhões (vs R$287 milhões, -10,5% a/a) devido a queda do preço da energia e a recontratação do portfólio da empresa em níveis menos atrativos. Endividamento ficou em R$10,1 bilhões, em níveis confortáveis (2,4x Dívida Líquida/EBITDA 12M, mesmo patamar do trimestre passado). Nesse trimestre, a empresa teve um prejuízo líquido de -R$396 milhões devido a contabilização da redução valor recuperável de Pecém. Excluindo tal efeito, o lucro líquido teria alcançado R$353 milhões. Vale mencionar que esse valor tem efeito não-caixa sob a empresa. Sendo assim, tal evento não trouxe esse impacto para o seu endividamento.

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