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    Publicado em 02 de Agosto às 20:37:52

    Engie (EGIE3) | Resultado 2T22: Voltando a velha forma!

    Choveu na Horta!

    Seguimos com recomendação de MANTER para Engie. Aos atuais níveis de preço, vemos a empresa negociando com uma taxa interna de retorno implícita de 8,1% vs 6,3% nas NTN-Bs 2045 – prêmio que fica ainda mais apertado a medida que a rentabilidade dos títulos de renda fixa seguem pressionados. Em nossa leitura, para além do bom resultado, a empresa divulgou eventos interessantes do ponto de vista corporativo, que segue abrilhantando o case de crescimento e geração de valor ao acionista. Como principais eventos em questão, citamos o acordo de implementação de um gasoduto de 25 km com investimentos de R$300 milhões, aquisição dos direitos de desenvovimento do projeto Serra do Assuruá (cap. instalada de 880 MWh e R$6 bilhões em investimentos esperados) e aquisiçao de um lote no último leilão da ANEEL. Por último, mencionamos o anúncio de distribuição de dividendos intercalares de R$578 milhões (R$0,70/ação), implicando em um rendimento de 1,5% de acordo com o último preço de fechamento. Tal quantia representa uma distribuição de 55% do lucro distribuível, o que em nossa opinião é um bom indicativo se pensarmos em novas distribuições ao longo de 2022.

    Detalhamento dos resultados 2T22

    EBITDA em linha com o consenso. Nesse trimestre, as receitas da empresa foram praticamente estáveis (R$3,1 bilhões, -4,4% a/a). Uma vez mais, o principal motivo da queda das receitas consolidadas foi derivada da queda nas receitas de construção do segmento de transmissão (-R$269 milhões a/a) – uma ferramenta meramente contábil que leva a empresa reconhecer os investimentos realizados no segmento na receita consolidada. Se desconsiderarmos o efeito no segmento de transmissão, vimos uma evolução de receita saudável, em um trimestre marcado por bons números derivados no ambiente de contratação livre em termos de volume e incremento médio de preços dos contratos. Ajustando o EBITDA do trimestre a essa variável, o mesmo alcançou R$1,7 bilhões (+25,3% a/a), devido: I) a entrada operacional parcial de 94% e 49% dos ativos Gralha Azul e Novo Estado, respectivamente, o que ocasionou um impacto positivo de R$93 milhões no 2T22 e II) resultado do segmento de geração, que como mencionamos anteriormente, apresentou boa performance operacional com maior volume de contratos à preços interessantes. Apesar do resultado financeiro sendo impactado por um maior endividamento e alta dos indexadores (principalmente SELIC), empresa reportou um lucro líquido de R$395 milhões (+23,8% a/a).

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