O Fleury divulgará seus resultados do primeiro trimestre de 2025 no dia 08 de maio. Esperamos um trimestre sem grandes surpresas, com crescimento orgânico moderado na receita e margens resilientes. A sazonalidade típica do início do ano tende a limitar a alavancagem operacional, e seguimos atentos à dinâmica de glosas, que deve continuar pressionando parcialmente a receita líquida.

Projetamos uma receita líquida de R$ 2,02 bilhões (+6,4% a/a; +10,1% t/t), impulsionada principalmente pela continuidade do bom desempenho nas Unidades de Atendimento, com destaque para as marcas Fleury e a+ em São Paulo, além do crescimento no B2B (Lab-to-Lab), ainda refletindo sinergias da fusão com o Grupo Pardini. Nossa estimativa está em linha com o consenso de mercado, que também projeta R$ 2,028 bilhões.
Esperamos um EBITDA ajustado de R$ 552 milhões, com margem de 27,2%, praticamente estável em relação ao 1T24 (27,2%) e com melhora frente ao 4T24 (21,9%). Essa estimativa está em linha com o consenso, que também aponta para EBITDA de R$ 552 milhões. O principal vetor de estabilidade das margens é o maior controle das despesas operacionais, que deve compensar a pressão das glosas — ainda estimadas em torno de 1,7% da receita bruta.
No lucro líquido, projetamos R$ 180 milhões, com crescimento de 6,7% a/a e melhora relevante na margem líquida frente ao trimestre anterior (8,9% no 1T25 vs. 4,2% no 4T24). O mercado espera um número semelhante: R$ 185,8 milhões, sinalizando consenso em torno da estabilidade operacional da companhia.
Acreditamos que a geração de caixa siga forte, com conversão robusta do EBITDA, o que permitirá à companhia continuar operando com alavancagem controlada (DL/EBITDA abaixo de 1,0x, com o mercado estimando leve posição de caixa líquida no trimestre).
Em resumo, esperamos um trimestre sólido, sem grandes destaques, mas que reforça a resiliência operacional e a execução consistente do Fleury, mesmo em um ambiente macro ainda desafiador. A companhia segue como nossa Top Pick no setor de saúde, combinando bom posicionamento competitivo, forte geração de caixa e capacidade de crescimento orgânico e inorgânico.