O Fleury divulgou resultados do 1T25 dentro do esperado, com crescimento moderado de receita e manutenção de margens, mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador e de um trimestre sazonalmente mais fraco em volumes. A companhia segue entregando consistência operacional, reforçando sua posição como principal consolidadora do setor de medicina diagnóstica no Brasil.
A receita líquida alcançou R$ 2,02 bilhões no trimestre (+5,8% a/a), com destaque para o crescimento das marcas regionais (+14,1%) e outras marcas de São Paulo (+9,6%). A vertical de B2B apresentou queda de -1,9% a/a, impactada pela base comparativa forte em 2024, especialmente com a menor demanda por exames de toxicologia e dengue. No total, o volume de exames cresceu 8,1% a/a, enquanto o ticket médio ficou estável (-0,2%), pressionado por efeito mix.
O EBITDA ajustado somou R$ 547,6 milhões (+5,9% a/a), com margem de 27,2%, em linha com o mesmo período do ano anterior. O resultado reflete controle de despesas operacionais, mesmo com impacto de medicação de alto custo no trimestre, que elevou os custos de materiais. O lucro líquido foi de R$ 179,3 milhões (+6,7% a/a), com margem líquida de 8,9%.
A geração de caixa operacional somou R$ 322,3 milhões no trimestre (+46,5% a/a), com conversão de 58,8% sobre o EBITDA, patamar saudável para o primeiro trimestre. A alavancagem se manteve em 1,0x dívida líquida/EBITDA, conferindo flexibilidade financeira para a execução da estratégia de expansão da companhia.
Receita: crescimento modesto, mas consistente
A receita líquida atingiu R$ 2,02 bilhões no 1T25, avanço de 5,8% na comparação anual e de 10,1% frente ao 4T24, refletindo a retomada após o trimestre anterior, que teve impacto sazonal mais negativo. O crescimento foi sustentado principalmente pela vertical de Unidades de Atendimento (PSC), com destaque para as marcas regionais (+14,1% a/a) e para as marcas de São Paulo (ex-Fleury) com alta de 9,6%. Já o desempenho do B2B (Lab-to-Lab) veio pressionado (-1,9% a/a), por conta da base comparativa forte de 2024 e pela menor demanda por exames específicos como toxicologia e dengue.
O volume de exames cresceu 8,1% a/a, enquanto o ticket médio ficou praticamente estável (-0,2%), impactado por um mix menos favorável no trimestre.
EBITDA: margem estável, com controle de despesas
O EBITDA ajustado totalizou R$ 547,6 milhões no 1T25, um crescimento de 5,9% a/a, com margem EBITDA ajustada de 27,2%, em linha com o 1T24. A estabilidade da margem reforça o controle de despesas operacionais, mesmo com pressões no custo de materiais — especialmente por conta de medicamentos de alto custo utilizados nas unidades hospitalares. As despesas gerais e administrativas cresceram 5,1% a/a, ritmo inferior ao crescimento da receita, contribuindo para a sustentação da margem.
Custos: pressão pontual com medicamentos
O custo dos serviços prestados cresceu 6,0% a/a, com destaque para a linha de materiais, que foi pressionada pelo maior consumo de medicamentos de alto custo. Mesmo com esse impacto, o lucro bruto subiu 5,1% a/a, totalizando R$ 600 milhões, e a margem bruta se manteve em 29,7%, um patamar saudável para o trimestre.
Lucro líquido: crescimento saudável e margem consistente
O lucro líquido ajustado foi de R$ 179,3 milhões no 1T25, avanço de 6,7% a/a, com margem líquida de 8,9%, superior aos 4,2% registrados no 4T24 e estável em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento do lucro acompanha a expansão do EBITDA e o controle nas despesas financeiras, que ficaram praticamente estáveis na comparação anual.
Endividamento: alavancagem controlada e geração de caixa sólida
A alavancagem da companhia permaneceu controlada, com Dívida Líquida/EBITDA de 1,0x, mesmo nível observado no 4T24. A geração de caixa operacional foi forte, totalizando R$ 322,3 milhões no trimestre, com conversão de 58,8% do EBITDA em caixa — uma performance sólida, principalmente considerando a sazonalidade mais fraca do 1T. A companhia segue com flexibilidade financeira para continuar investindo em expansão orgânica, novas unidades e iniciativas estratégicas.