A Hapvida reportará seus resultados do 2T23 no dia 09/08, após o fechamento do mercado. Estamos com expectativas neutras para a divulgação do segundo trimestre, esperamos uma aceleração na receita, mas aliada a um aumento na sinistralidade devido a sazonalidade do período. Nossa visão é mais otimista para a tese, vemos evidências de melhoras em pontos de atenção elencados em relatórios anteriores, mas ainda acreditamos que há caminho para ser trilhado pela operadora em 2023, com isso reiteramos nossa recomendação de MANTER com preço-alvo de R$ 5,00.
Em 2023 vemos uma mudança de estratégia por parte das operadoras de planos de saúde. Pressionadas pelo aumento no custo de sinistro, as empresas do setor têm buscado reajustes mais agressivos em seus planos. O reflexo disso já vem sendo observado para Hapvida, enquanto o ano de 2022 pautou um crescimento forte da base de beneficiários, até jun/23 a companhia apresenta adições líquidas negativas. Ainda assim, esperamos que o aumento no ticket-médio compense a perda de vidas, levando a aumento da receita, que projetamos em R$ 6,85b.
O segundo trimestre sempre carrega uma sazonalidade importante para as operadoras de planos de saúde. Os meses mais frios do ano se traduzem em uma maior incidência de doenças respiratórias, o que impacta negativamente o nível de sinistralidade das operadoras. Nesse sentido, esperamos que o índice de sinistralidade-caixa alcance 74,5% (vs. 72,3% no 1T23). Historicamente a sinistralidade tende a aumentar 3 p.p. em relação ao trimestre anterior, no entanto, acreditamos que com as iniciativas de reajustes mais agressivos, o efeito sazonal seja mitigado.
Levando em consideração a sazonalidade que o segundo trimestre carrega, estamos com expectativas neutras para o resultado do 2T23 de Hapvida. Ainda assim, a nova estratégia adotada aliada as evidências de melhora apresentadas no 1T23 nos deixam mais otimistas com a tese de Hapvida. O ano de 2023 ainda será desafiador para o setor de saúde, mas a luz no fim do túnel pode não ser uma miragem.