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    Publicado em 13 de Maio às 08:17:32

    Hapvida (HAPV3) | Resultado 1T25: Receita avança com aumento de ticket, mas margem ainda pressionada

    A Hapvida apresentou um resultado de 1T25 dentro do esperado em receita, mas com margens ainda pressionadas pela elevação dos custos assistenciais e pelo impacto das ações judiciais. O trimestre marcou a continuidade da estratégia de recomposição de preços, o que garantiu crescimento da receita mesmo em um cenário desafiador para a base de beneficiários, que recuou no período.

    Apesar da pressão sobre as margens, a companhia manteve uma geração de caixa robusta e terminou o trimestre com alavancagem abaixo de 1,0x dívida líquida/EBITDA, mostrando solidez financeira para seguir com o plano de longo prazo. A gestão destacou a conclusão da maior integração sistêmica da história da companhia, reforçando o compromisso com a captura de sinergias operacionais.

    O ambiente segue desafiador, mas a companhia demonstrou resiliência em suas operações, especialmente na disciplina de preços e na manutenção da alavancagem sob controle. Seguimos monitorando os impactos da judicialização nos resultados e o comportamento da base de clientes ao longo dos próximos trimestres.

    Receita: crescimento puxado por reajustes e recomposição de preços

    A Hapvida reportou receita líquida de R$ 7,5 bilhões no 1T25, alta de 7,3% a/a, em linha com nossa expectativa. O crescimento foi impulsionado pelos reajustes aplicados aos contratos de saúde e pela recomposição do ticket médio, que avançou 9% a/a, de R$ 261,0 para R$ 284,4. Por outro lado, a base de beneficiários apresentou redução líquida de 70 mil vidas no trimestre, movimento já esperado por conta da sazonalidade negativa do 1T e do aumento de cancelamentos em planos massificados e corporativos.

    Custos e sinistralidade: pressão segue com judicialização

    A sinistralidade caixa ficou em 68,6%, leve alta de 0,7 p.p. na comparação anual e trimestral, impactada por 74,7 milhões em custos provenientes de ações judiciais, que a partir deste trimestre passaram a ser registrados como sinistro. Excluindo esse efeito, a sinistralidade teria sido de 67,6%, praticamente estável. A verticalização e o controle assistencial seguem ajudando a sustentar os custos em patamar saudável, apesar do ambiente desafiador.

    EBITDA: estabilidade, mas sem expansão de margem

    O EBITDA ajustado somou R$ 1,0 bilhão, praticamente estável em relação ao 1T24 (+0,5% a/a), com margem EBITDA de 13,4%, em linha com o trimestre anterior, mas ainda abaixo do patamar pré-pandemia. O desempenho reflete o equilíbrio entre aumento de receitas e pressão nos custos assistenciais e operacionais.

    Lucro líquido: queda na comparação anual

    O lucro líquido ajustado totalizou R$ 416 milhões no 1T25, queda de 15,8% a/a, impactado pelo aumento do resultado financeiro líquido negativo, que foi de R$ 311 milhões no trimestre, reflexo da menor receita financeira e maior despesa com juros.

    Geração de caixa: performance operacional sólida

    A geração de caixa operacional foi positiva em R$ 872 milhões, com conversão de 86,4% do EBITDA em caixa. O fluxo de caixa livre foi de R$ 570 milhões, mesmo com investimentos em TI e na rede própria. A companhia também destacou a conclusão da maior integração sistêmica de sua história, o que deve trazer ganhos operacionais nos próximos trimestres.

    Endividamento: alavancagem segue controlada

    A dívida líquida caiu para R$ 4,2 bilhões, com alavancagem de 0,98x dívida líquida/EBITDA, mostrando uma posição confortável. A companhia também anunciou a 9ª emissão de debêntures de R$ 1,5 bilhão, com custo menor e alongamento do perfil da dívida, o que contribui para manter a estrutura de capital saudável.

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