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    Publicado em 11 de Agosto às 22:48:03

    JBS (JBSS3) | 2T22: O Poder da Diversificação

    A JBS mais uma vez mostrou a sua potência como a maior empresa de proteínas do mundo e superou as nossas estimativas (e as do mercado) em seus resultados do 2T22. Mesmo diante de um cenário mais desafiador no mercado de carne bovina americano, onde o frigorífico possui maior parte de suas operações, a vimos uma redução de margem menor do que o esperado, além de melhores resultados em outras proteínas e locais como o Brasil e a Austrália. O resultado consolida a nossa tese de que a forte estratégia de diversificação de receita e expansão da JBS siga trazendo bons resultados para a empresa no longo prazo. Nossa recomendação permanece em COMPRAR, com preço-alvo de R$ 50,00.

    Resultado

    A receita líquida da JBS avançou em 7,7% no trimestre em relação ao 2T21, chegando a R$ 92,1 bilhões e ainda um pouco acima da nossa expectativa. Para o EBITDA, fomos mais conservadores do que o mercado e estimamos R$ 9 bilhões, e a JBS superou isso por 15% a mais, atingindo um EBITDA de R$ 10,4 bilhões. Isso se traduziu em uma redução de 11,5% no indicador quando comparado ao mesmo período do ano passado, porém isso já era esperado por conta da base comparativa muito forte (explicado abaixo na sessão “EUA”) e mesmo assim foi acima da expectativa de mercado. O mesmo racional vale para o lucro, que caiu 10% a/a, totalizando R$ 3,9 bilhões no 2T22, mas ainda foi muito acima do que nós (27,4%) e o mercado estávamos esperando.

    Brasil e Internacional

    Assim como esperávamos, os resultados de suas unidades de negócio no Brasil, a Seara e a JBS Brasil, cujos focos são em carne de frango e carne bovina, respectivamente, tiveram fortes avanços de EBITDA e de margem EBITDA, dado o cenário de consumo mais favorável no país e uma maior disponibilidade de gado, o que reduz os custos da JBS Brasil. A Seara teve um avanço de 144% de EBITDA, e a JBS Brasil de 83%, ambas em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Outro fator positivo que agregou para o resultado foi a performance mais positiva da JBS Austrália, onde vimos um avanço significativo de EBITDA de 60% a/a, e mostrando que o mercado australiano está de fato mostrando bons sinais de recuperação, dado que nos últimos anos o país vinha sofrendo muito com problemas climáticos e falta de oferta de animais.

    EUA

    No lado mais negativo, vimos retrações e números piores para a JBS Pork e JBS North America (América do Norte) por conta de um cenário que já sabíamos que ia ser mais desafiador. Para a carne suína, vimos os rebanhos de porcos na China retomando e consequentemente um menor nível de importação do mercado chinês. Já para a América do Norte (cujo foco é em carne bovina), uma inflação mais potente tirou parte do poder de compra dos consumidores, além de vermos uma menor disponibilidade de gado no país, por conta da virada de ciclo de produção do animal. Contudo, as quedas nas comparações a/a também podem ser justificadas por conta de uma base comparativa injusta, já que o 2T21 foi de números recordes para a empresa no que foi um cenário excepcionalmente positivo. Pensamos que esse lado mais negativo do resultado já estava precificado na ação da JBS, e os números reportados foram “menos piores” do que esperávamos. Isso deve ter boas repercussões para as ações da JBSS3.

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