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    Publicado em 03 de Agosto às 00:33:20

    JSL (JSLG3) | 2T22: Volume e operacional fortes…

    A JSL divulgou resultados relativos ao 2T22 em linha com as nossas expectativas e mesmo assim avaliamos o resultado como positivo. O resultado operacional muito forte foi impulsionado pelo crescimento orgânico, que gerou alta de 27% a/a e 8% t/t na receita líquida de serviços. Os bons volumes de projetos, destaque para os setores de mineração, papel & celulose e alimentos, e a melhoria de preços garantiram os bons resultados. O mercado deve olhar com bons olhos a expansão das margens operacionais, que refletem o bom trabalho da companhia na negociação com cliente e caminhoneiros para repasse de custos e uma melhor precificação dos contratos. Do lado negativo, assim como a maioria das nossas empresas em cobertura, observamos uma compressão na margem líquida. A queda é justificada pelo aumento do custo médio da dívida por conta da elevação da taxa Selic.

    Em termos numéricos, a receita líquida reportada totalizou R$ 1,4 bilhões, crescendo 8,3% com relação ao trimestre passado e 522% com relação ao mesmo período no ano passado, ficando 2% acima das nossas expectativas e 8% acima do consenso de mercado. O EBITDA somou R$ 251 milhões, sendo 14% maior que o 1T22 e 102% maior que o 2T21 ajustado pela exclusão dos efeitos não recorrentes, com isso, ficou em linha com nossas estimativas e 12% acima do consenso de mercado. Por fim, o lucro líquido reportado foi de R$ 34 milhões, caindo 8% t/t e 24% a/a, sendo 6% maior que nosso consenso e 13% acima das expectativas de mercado.

    Ressaltamos que os resultados a que nos referimos neste relatório excluem o resultado não recorrente da exclusão de PIS e COFINS da base de cálculo do ICMS no valor de R$ 87,9 milhões.

    Asset Heavy

    O segmento de Asset Heavy, exposto principalmente aos setores de mineração, siderurgia e papel & celulose, apresentou receita líquida de R$ 672 milhões, refletindo o bom momento de commodities do segundo trimestre. Mesmo com os custos com combustíveis e lubrificantes subindo cerca de 8% em comparação ao mesmo trimestre do ano passado, o segmento apresentou margens superiores ao 2T21.

    Asset Light

    Já o segmento de Asset Light foi puxado pelos setores automotivos, química e bens de consumo. Os serviços de transporte de cargas, assim como o segmento de armazenagem, seguem em ritmo crescente e nos mostram a captura das sinergias nas empresas adquiridas. A receita líquida de R$ 767 milhões ficou em linha com as nossas estimativas.

    Análise

    O momento segue desafiador para o setor de transportes, mas na nossa visão não justifica a empresa negociar a 4,1x EV/EBITDA 2023. Olhando para a posição de caixa de R$ 639 milhões, e uma alavancagem de cerca de 3,4x (Div. Líq./ EBITDA) acreditamos que a empresa deva focar nas oportunidades de crescimento orgânico, via ganho de market-share ou até mesmo por oportunidades de entrada em outros setores.

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