A Localiza reportou os resultados do 4T21, assim como já havíamos adiantado, os números foram mais modestos em termos de crescimento de frota. No 4T21 o lucro líquido de R$442 milhões foi 10% maior na comparação a/a. O número reportado ficou 5,6% abaixo das estimativas do consenso que esperava R$468 milhões. O EBITDA de R$935 milhões cresceu 24% frente ao 4T20 foi 4,5% inferior aos R$979 milhões estimados pelo mercado. O EBITDA foi impactado negativamente por custos e despesas de cerca de R$12 milhões (R$19 milhões no ano) associados ao processo de união com a Unidas.
Na comparação anual, a receita líquida de aluguéis apresentou crescimento de 27,6% no 4T21, sendo 30,5% no RAC e 17,2% no GTF. O crescimento da receita é reflexo da aceleração do volume e do maior preço médio tanto nas tarifas como no preço dos carros novos. Porém, a divisão de seminovos foi penalizada, com redução de 37,4% na receita líquida. Dessa forma, a receita líquida consolidada reduziu 8,3% no 4T21 em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior. Assim como no resultado da Movida, conseguimos observar reflexos do aumento dos juros.
No 4T21 a empresa apresentou um leve avanço na frota operacional, com um crescimento de 4,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O RAC crescendo 1,8% e o GTF crescendo 11,6%. Esse crescimento já reflete um trimestre de compras mais forte para a empresa. A falta de veículos vem penalizando mais a Localiza do que as outras locadoras, números mais discretos eram esperados.
O volume de vendas de seminovos foi reduzido em 51,2%, na comparação anual, o que foi parcialmente compensado pelo aumento de 28,2% no preço praticado, assim como esperávamos. A estratégia de diminuir a compra de carros em 2020 e 2021 começa a ser contornada, já que os preços dos veículos demonstram que permanecerão em patamares elevados. Em 2021, a frota de final de período cresceu 4,2% em relação ao final de 2020, com estabilidade no RAC e expansão de 19,2% no GTF.