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    Publicado em 14 de Novembro às 05:39:20

    MRV (MRVE3) | Resultado 3T24: Com uma alavanca moverei o mundo?

    A MRV apresentou resultados fracos, mas sem pioras do ponto de vista operacional. A receita segue em crescimento, acompanhando com certa defasagem (natural do setor) o crescimento das vendas. O maior ofensor segue sendo o nível de alavancagem da companhia, que resultou no consumo de ~82% do EBIT da companhia apenas no resultado financeiro (ex-TRS). A geração de caixa no trimestre foi positiva em R$ 178m, mas quando desconsideramos a venda de recebíveis a figura ainda é de queima de caixa. A situação operacional da companhia segue melhorando, mas os impactos financeiros ainda são insuficientes para trazer conforto de uma desalavancagem suave. Nossa recomendação de Compra para o papel se limita a investidores com uma capacidade de assumir riscos e prazos mais longos, dado que vemos as ações da companhia definitivamente baratas a 0,6x P/BV. No entanto ressaltamos alguns riscos adicionais que nos incomodam e vêm sendo adicionados à tese de turn around, dentre eles: (i) recuperação ainda lenta, especialmente quando comparado à Tenda, por exemplo e (ii) risco de aumento nos custos de produção de imóveis no sul dos EUA (onde a Resia atua) devido à uma possível mudança nas políticas de imigração do presidente-eleito Donald Trump.

    A receita líquida veio em R$ 2,44b, acima da nossa expectativa, provavelmente influenciada por uma maior produção de unidades no trimestre. A margem bruta dentro do segmento de incorporação apresentou um acréscimo de 0,7pp, chegando a 30,1%, ainda aquém dos pares (Tenda já retornou para 34%, Cury e Tenda próximos a 39%). As despesas administrativas também tiveram um aumento significativo, tanto no segmento de incorporação Brasil quanto na Resia, de forma que o aumento da receita não foi capaz de diluir os números (diferente do que vimos no 3T23, quando houve diluição das despesas). Com uma despesa financeira ainda muito elevada, o prejuízo veio em R$ 13m, ainda não virando para o lucro que era esperado neste trimestre. A geração de caixa da operação de incorporação Brasil veio em R$ 72m, que seria uma notícia melhor se não fosse muito puxada pela venda de recebíveis em mais de R$ 400m, já Luggo e Urba juntas apresentaram uma queima de R$ 2m, somando R$ 70m de geração de caixa na operação brasileira. Na Resia, a venda do projeto Old Cutler permitiu uma geração de caixa de R$ 107m, que teria sido uma queima de R$ 337m caso não fosse feita.

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