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    Publicado em 14 de Fevereiro às 22:52:06

    Pague Menos (PGMN3): Perspectivas resultados 4T21 e análise do CADE

    Perspectivas dos resultados 4T21

    Em específico para o 4T21, estimamos uma receita de R$ 2,1 bi com crescimento de 8,3% a.a, em consequência do efeito sazonal de fim de ano e do consumo aquecido de medicamentos e testes de Covid-19 nas últimas 2 semanas de dezembro.

    Em termos de margem, é possível esperar um leve crescimento de margem bruta em 0,4 p.p., fruto da (i) maior participação de genéricos no mix de produtos e dos (ii) projetos de eficiência na precificação de produtos, junto a um aumento do poder de barganha com fornecedores.

    Apesar da leve alta da margem bruta, a expectativa é uma compressão de margem EBITDA -1,09 p.p, como consequência da alta inflacionária e dos impactos de abertura de novas lojas, com 48 unidades abertas neste trimestre ante a nenhuma abertura no mesmo período do ano anterior. A expectativa é que o trimestre encerre com um lucro líquido de R$ 15,18 milhões, uma queda de 59,5% em relação ao 4T20.

    Inflação é um problema até quando?

    A expectativa é que a inflação ainda continue impactando negativamente o reajuste de salários e aluguéis ainda em 1T22. e alivie no 2T22, quando ocorre o reajuste dos preços de medicamento.

    No 2T22, sazonalmente o preço dos medicamentos são reajustados pela CMED (Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos) e dois dos fatores do reajuste já foram definidos no início deste ano. Tanto o fator X (fator de produtividade) quanto o fator Z (ajuste de preços relativos intrassetor) ficaram em torno de 0 e com isso é estimado que o reajuste fique em linha com os movimentos inflacionários.

    2021 – um ano positivo com crescimento em todas as frentes

    No ano a expectativa é que a companhia cresça em todas as frentes, apresentando duplo dígito de receita de 10,9%, com crescimento da margem bruta, margem ebitda e líquida em 100 bps, 60 bps e 70 bps respectivamente. Fechando o ano com um lucro líquido em torno de R$ 158,6 milhões, uma alta de 65,1%.

    Além dos bons resultados financeiros, a companhia consegue atingir o guidance de 80 lojas para este ano, demonstrando uma cultura focada em resultados.

    E a EXTRAFARMA?

    Em maio do ano passado, a Pague Menos adquiriu 100% da Extrafarma por R$ 700m ou 0,33x EV/VENDAS, tornando-se a segunda maior rede farmacêutica do país atrás apenas da Raia Drogasil.

    No entanto apesar da assertividade na estratégia da aquisição, a análise está sujeita à aprovação do CADE que deu na última sexta-feira (11/02) um parecer de transação complexa.

    • A nossa visão era de que dado a pulverização do mercado farmacêutico, a aquisição seguisse sem ressalva.
    • No entanto, por conta do parecer enxergamos agora em nossa análise uma possível aquisição com remédios, sobretudo em determinados bairros e munícipios do Nordeste em que a Pague Menos e a Extrafarma exercem a liderança.

    Acreditamos que se o CADE vier aplicar remédios na transação serão pequenos e por isso ainda acreditamos que a aquisição será positiva, com perspectivas de ser aprovada no segundo trimestre de 2022. Além disso, a companhia possui uma cláusula contratual, que caso o remédio do CADE seja relevante impactando mais de 5% do faturamento, o preço na transação será reajustado proporcionalmente, conservando o ROIC da operação.

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