Os resultados do primeiro trimestre de 2022 do Grupo Panvel veio bem alinhado ao já esperado pelo nosso modelo. Falamos sobre a dinâmica do setor e a expectativa em relação à companhia em nosso texto “O que esperar dos resultados de varejo farmacêutico no 1T22?“. Nossa recomendação para Panvel é de COMPRA, com preço-alvo de R$ 17.
A venda média por loja da Panvel cresceu 7,9% a/a, atingindo R$ 555 mil/loja. Uma performance bem positiva, principalmente ao levarmos em consideração a forte abertura de loja nos últimos 18 meses (68 unidades), que devido às questões de maturação, poderiam pressionar esse número para baixo.
A venda média por loja ficou acima das Redes Abrafarma e Associados Independentes da região sul. A Panvel adicionou 0,1 pp ao seu market share na região sul, alcançado a participação de 11,6% de vendas – mesmo diante de um forte movimento de antecipação de compras de medicamentos feitos pelas farmácias de pequeno porte (sell in).
Ao abrirmos o mix de vendas da Panvel, vemos dois grandes destaques: serviços e marca, que ganharam 1,1 pp e 0,8 pp na comparação anual da cesta de vendas do varejo.
Como já esperado, a margem bruta ficou pressionada nesse trimestre, atingindo 28,4% (-30 bps a/a). A queda de venda de produtos relacionados à cesta Covid-19 e a maior participação de medicamentos especiais pesaram sobre essa linha. É esperado que a partir do 2T22 o efeito se normalize, com a categoria de genérico ganhando participação e melhorando a margem do grupo.
A margem EBITDA (-50 bps a/a) ficou pressionado por (i) impactos inflacionários, que elevaram a despesas com vendas e (ii) maiores despesas de novas ainda lojas não maturadas.
Destaque positivo para a última linha da farmacêutica, que avançou 30% em relação a 1T21, mesmo diante de um trimestre de desafios inflacionários. Consistência é a palavra!