Encerrado o pregão da quarta-feira (13/nov), a Panvel reportou seus números referentes ao 3º trimestre de 2024. Foi um sólido resultado! Os números reportados vieram estritamente em linha com nossas projeções, consolidando nossa expectativa de um trimestre positivo para a Panvel – voltando aos eixos após um 2T24 impactado pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
Mesmo frente a uma forte competição, com esse resultado a Panvel foi o destaque do setor farmacêutico em termos de crescimento – reportando um desempenho na visão ‘Mesmas Lojas’ de +14,1% a/a (vs. +9,1% a/a RD Saúde e +13,6% a/a Pague Menos). Vale destacar também a performance do parque de lojas maduras, mantendo um crescimento 2,5x superior ao reajuste autorizado pela CMED em 2024 (Same Store Sales de Lojas Maduras de +11,4% a/a).
Em termos de rentabilidade, a redução do Atacado torna o mix de vendas mais favorável – impulsionando a margem bruta consolidada (+120bps a/a) e trazendo também um impacto positivo para o resultado operacional (+75bps a/a) – uma dinâmica em linha com o esperado.
Com uma sólida entrega operacional, a última linha apresentou um forte avanço de +36% a/a. Reforçamos nossa recomendação de COMPRA e preço-alvo 12m de R$ 14,50 – o que implica em um potencial upside de 47% em relação ao fechamento do último pregão.
Destaque para o crescimento do Varejo
Na vertical de Varejo, a Panvel reportou um faturamento bruto de R$ 1,3b – avançando +17,0% a/a e concretizando nossa expectativa de que a companhia se consolidaria como destaque de crescimento do setor (considerando apenas as operações de Varejo). A performance foi impulsionada principalmente por um forte crescimento na visão ‘Mesmas Lojas’ de +14,1% a/a.
Vale destacar também o desempenho do parque de lojas maduras, mantendo um crescimento 2,5x superior ao reajuste autorizado pela CMED em 2024 (Same Store Sales de Lojas Maduras de +11,4% a/a).
Vertical de Atacado continua sendo um detrator. Com a redução da operação a partir do 2T24, observamos uma queda mais acentuada do faturamento da vertical (-68,9% a/a).
Ainda assim, a forte performance do Varejo mais do que compensou a retração do faturamento do Atacado. A Panvel reportou uma receita bruta consolidada de R$ 1,3b (+9,2% a/a), em linha com nossas estimativas (+0,1% vs. Est. Genial).
Avanços em margem bruta
No consolidado, a margem bruta foi beneficiada pela redução da participação do Atacado nas vendas totais, impulsionando um forte ganho de +119bps a/a. O lucro bruto consolidado totalizou R$ 390m (+13,8% a/a), com uma margem de 29,4% (+119bps a/a) – uma dinâmica completamente em linha com nossas projeções (+0,0% vs. Est. Genial).
Maior EBITDA nominal da série histórica
Entendemos que a combinação entre o crescimento das despesas variáveis (dado o maior volume de vendas no varejo) e a perda do faturamento do Atacado impediu uma dinâmica de diluição. Ainda assim, a maior parte do sólido avanço na margem bruta foi traduzida em ganhos no resultado operacional.
O EBITDA ajustado totalizou R$ 71m – avançando +27% a/a e consolidando o maior resultado nominal para um trimestre na série histórica da companhia. A margem operacional chegou à 5,4% (+75bps a/a).
Lucro cresce +36% a/a
Com um sólido desempenho operacional e um baixo nível de despesas financeiras, observamos uma forte aceleração de +36% a/a do lucro líquido. A Panvel reportou um lucro líquido (IAS 17) de R$ 37m (+36,1% a/a), em linha com nossas projeções (+0,4% vs. Est. Genial). A margem líquida totalizou 2,8%, com um avanço de +55bps a/a.
Tabela 1: Resultado consolidado pela Panvel vs. Expectativa Genial (IAS 17; R$ milhões).