GPA

    Ações > Supermercado > GPA > Relatório > GPA (PCAR3) | Prévia 2T24: Mais rentável!

    Publicado em 25 de Julho às 23:36:15

    GPA (PCAR3) | Prévia 2T24: Mais rentável!

    O GPA irá reportar o seu resultado referente ao 2º trimestre de 2024 no dia 06/ago, após o encerramento do pregão. Assim como deve acontecer com o Assaí e o Grupo Mateus, esperamos que o Pão de Açúcar apresente uma redução no fluxo de clientes às lojas, implicando em uma desaceleração de vendas no trimestre.

    Apesar da variável preço ser uma alavanca positiva para as vendas no trimestre, dado o crescimento da inflação alimentar em domicílio, que saltou de 2,51% (acum. 12m em mar/24) para 4,89% (jun/24), acreditamos que a redução no volume de vendas será o principal motriz para essa desaceleração no top line.

    Ainda não está claro para nós o real motivo do fraco desempenho do varejo alimentar nesse trimestre. Temos duas hipóteses: (i) o aumento da inflação alimentar pode ter ocasionado uma migração de fluxo para o cash-and-carry – beneficiando principalmente o Atacadão, que registrou um forte apelo promocional no período; e/ou (ii) diante do mês de março mais forte que o usual, abril e maio poderiam ter sofrido uma espécie de “efeito rebote” – com os estoques de clientes abastecidos, eles reduziram a frequência de compra nas primeiras semanas do trimestre.

    Contudo, apesar da desaceleração em vendas, acreditamos que o GPA continue melhorando a rentabilidade operacional de seus negócios, apresentando uma margem EBITDA de 8,3% (+160bps a/a) – com a maior parte da recomposição de rentabilidade vindo de margem bruta (+110bps a/a Est. Genial).

    A piora do cenário macroeconômico global tem criado um movimento de sell-off em toda cobertura de varejo, com o mercado precificando uma Selic de longo prazo de cerca de 12,0% (vs. a nossa antiga perspectiva de 9,5%). Incorporando essa perspectiva mais dura, cortamos o nosso preço-alvo 12m de PCAR3 para R$ 4,70 (anteriormente em R$ 5,50) − potencial upside de 64% em relação ao fechamento do último pregão. Reiteramos a recomendação de COMPRA para as ações.

    Faturamento cresce acima da inflação, mas desacelera

    Acreditamos que a desaceleração do GPA venha principalmente da redução de fluxo para a sua bandeira premium, Pão de Açúcar. Após um forte 1º trimestre, com SSS de 6,7% a/a, projetamos que esse indicador deve cair para cerca de 5,0% a/a – um patamar acima da inflação alimentar do período (+4,9% a/a), porém abaixo tanto na visão sequencial quanto anual (+8,6% a/a no 2T23).

    Por outro lado, entendemos que o Mercado Extra e as lojas de vizinhança (Minuto e Mini) ganham mais espaço no mix de vendas do grupo, aumentando o SSS na visão sequencial.

    No total, projetamos que o GPA apresente uma receita bruta de R$ 4,9 bilhões (+5,8% a/a).

    Não tem tempo ruim para rentabilidade operacional

    Com uma melhora nas negociações com fornecedores e otimizando o orçamento promocional, projetamos um crescimento de +110bps na margem bruta deste trimestre, atingindo 27,4%.

    Acreditamos que, apesar da desaceleração em vendas, as despesas devem crescer em um ritmo menor do que as vendas, abrindo espaço para que a companhia registre uma margem operacional de 8,3% (+160 bps a/a).

    Reduzindo o impacto no prejuízo

    Não esperamos grandes mudanças no montante do resultado financeiro desse trimestre – apesar da redução da dívida bruta ser positiva para a redução de despesas financeiras, entendemos que, por outro lado, a companhia deve sentir um aumento de juros referente ao programa de quitação de débitos de ICMS do governo de São Paulo, neutralizando o efeito na parte financeira do GPA.

    Com isso, estimamos um prejuízo de R$ 226 milhões (+30,6% a/a) e uma margem líquida negativa em 4,9% (+250bps a/a).

    Tabela 1: Expectativa Genial para GPA (R$ milhões; IFRS 16).

    Acesse o disclaimer.

    Leitura Dinâmica

    Recomendações

      Vale a pena conferir