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    Publicado em 27 de Julho às 22:08:31

    Grupo Pão de Açúcar | Análise 2T22: Crescendo abaixo da inflação

    Revertendo o lucro de R$ 55 m no 2º trimestre de 2021, o GPA apresentou um prejuízo líquido de R$ 142 m no 2T22, 8,7% abaixo de nossa estimativa (R$ 155 m). Sem muitas surpresas em relação, avaliamos o resultado como NEUTRO e reiteramos a recomendação de MANTER para o PCAR3, com preço-alvo YE22 de R$ 28.

    Receita líquida

    Com um faturamento líquido de R$ 10,11 b (+9,3% a/a), a primeira linha do balanço do GPA consolidado não trouxe nenhuma grande surpresa, uma vez que estimávamos essa linha em cerca de R$ 10,02 b. Vamos abrir um pouco sobre a dinâmica da receita líquida por operação? Segue com a gente!

    GPA Brasil

    As vendas totais do novo GPA Brasil (aqui estamos desconsiderando o faturamento das lojas Extra Hiper em conversão) atingiram R$ 4,39 b (+4,6% a/a). O grande destaque de crescimento ficou para o formato de proximidade (Minuto Pão de Açúcar e Mini Extra), que apresentou um forte crescimento orgânica, com um indicador de vendas de mesma lojas (SSS) de 13,6%.

    Apesar da alta, a representatividade desse negócio é pequena em relação as demais operações, como Pão de Açúcar e Mercado Extra/Compre Bem, que cresceram seu faturamento anual em 4,5% e 4,4%, respectivamente. Se analisarmos o negócio em termos reais, ou seja, descontando a inflação do período, apenas a bandeira de proximidade apresentou um crescimento positivo neste trimestre.

    Vale chamar a atenção para a operação de postos de combustíveis, que tem sofrido impacto negativo diante da conversão de lojas do Extra para o Assaí.

    Grupo Éxito

    Não é novidade que as operações da América Latina têm sustentado o GPA nos últimos trimestres. E bom, dessa vez (ainda) não foi diferente. Ao contrário da operação brasileira, o Grupo Éxito cresceu acima da inflação de seus países de atuação (Colômbia, Uruguai e Argentina).

    O Grupo Éxito mostrou mais um sólido resultado, com vendas totais de R$ 6,6 b (+26% a/a em câmbio constante), apresentando forte crescimento orgânico com um SSS de quase 28%. Grande destaque para vendas de mesmas lojas na Argentina (76,7%) e da Colômbia (29,9%).

    E, falando em Colômbia, como já adiantado em nossa prévia de resultados de supermercados, a sazonalidade deste 2º trimestre foi positiva para os produtos não alimentares, com crescimento de 46,6% nas vendas desse tipo de mercadoria.

    Devido à valorização do real no período, quando trazemos o crescimento do Grupo Éxito para nossa moeda, o crescimento acabou sendo menos expressivo, mas ainda assim forte, em 12,5% ano contra ano.

    Custo de mercadoria e despesas

    GPA Brasil

    Diante de um cenário extremamente competitivo no varejo alimentar, com outras redes investindo fortemente em preços, as operações brasileiras do GPA precisou nadar junto com a maré. O resultado foi uma retração de 1,4 pp na margem bruta, a 26,2% nesse trimestre. O aumento de custos de embalagens e logístico também pressionaram a margem.

    Frente a maiores despesas, o GPA Brasil apresentou uma margem EBITDA de 7,8% (-270 bps a/a).

    Grupo Éxito

    Com a Colômbia mantendo uma inflação mais controlada, e conforme esperado, o Grupo Éxito conseguiu recompor 30 bps em sua margem bruta, a 25,2%. As despesas SG&A foram diluídas também em 30 bps, criando um efeito positivo na margem EBITDA ajustada da operação da America Latina, a 7,9% (+80 bps a/a).

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