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    Publicado em 20 de Outubro às 17:24:30

    Petrobras (PETR4) | Petrobras recebe aval do IBAMA para perfurar na Foz do Amazonas! – O que achamos desse evento?

    Conclusão

    Evento positivo para Petrobras! Apesar da reação tímida das ações da empresa no dia de hoje, acreditamos que esse evento é de grande importância para tese da empresa. O cenário-base apresentado pelo Plano Decenal de Energia Elétrica trás a produção de Petróleo brasileira passando de declinar a partir de 2030 – cenário esse que pode ser alterado o caso a empresa comece o desenvolvimento de novas reservas desde já e esse é exatamente o caso que a exploração da Margem Equatorial fornece ao acionista da empresa. Para investidores de longo prazo, acreditamos que a Margem Equatorial não pode ser desprezada tendo em vista as grandes descobertas no país vizinho (onde foram descobertas o impressionante volume de 11 bilhões barris) e o próprio track-record da Petrobras no segmento de Exploração & Produção. Entendemos que é um jogo de longo prazo e que precisa ser acompanhado de perto.

    Os Fatos

    Via fato relevante, a Petrobras informou que recebeu a tão aguardada licença ambiental do Ibama para a perfuração de um poço exploratório no Bloco FZA-M-059. O poço se localiza a 500 kms da Foz do Rio Amazonas e 175 km da Marguem Equatorial Brasileira. A perfuração tem uma duração estimada de cinco meses, onde a empresa busca obter inormações geológivas e avaliar se há petróleo e gás na área em escala econômica. Os primeiros resultados desta perfuração devem tomar até cinco meses.

    Por que esse evento é tão importante? O caso da Guiana!

    Até 2015, a Guiana era considerada uma fronteira praticamente virgem em termos de exploração de petróleo. Situada na margem norte da América do Sul, ao leste da Venezuela, o país não possuía histórico relevante de produção. O cenário começou a mudar com a entrada da ExxonMobil, que em parceria com Hess Corporation e CNOOC (China National Offshore Oil Corporation), iniciou uma campanha exploratória de alto risco no bloco Stabroek, localizado em águas ultraprofundas (deepwater) da costa guianense. A ExxonMobil liderou todos os trabalhos exploratórios, desde a aquisição sísmica até a perfuração e delimitação dos campos.

    O total descoberto até 2025 ultrapassa 11 bilhões de barris equivalentes de petróleo (boe) em recursos recuperáveis. Isso coloca a Guiana como uma das maiores descobertas offshore do século XXI, comparável a províncias gigantes como o pré-sal brasileiro e o offshore da África Ocidental. Para fins de comparação, toda a reserva provada brasileira é de 15 bilhões de barris. Ou seja: em dez anos de exploração, a Guiana encontrou o equivalente a 70% das reservas provadas do Brasil e hoje produz 600 mil barris/dia em 2025.

    Por que todo esse contexto é importante? A proximidade geológica entre as descobertas da Guiana e Foz do Amazonas transforma a autorização de perfuração em um evento muito importante de ser acompanhado. Podemos estar observando o primeiro passo de uma descoberta geológica de máxima importância para a Petrobras – exatamente no segmento em que ela possui experiência e claros diferenciais competitivos.

    Fonte: Relatório Anual de Exploração ANP 2024

    O Pré-Sal & a Petrobras | Todo carnaval tem seu fim…

    O Pré-sal é um grande sucesso. É de comum conhecimento o grande sucesso do Pré-sal para a Petrobras – atualmente, o pré-sal representa aproximadamente c. 80% da produção total da Petrobras (2,4 milhões de barris no 2T25 vs 2,9 milhões barris totais). Entretanto, o número de poços exploratórios/descobertas encontra-se em estágio declinante, dando a entender que as grandes de cobertas do pré-sal ficaram para trás.

    Além disso, a Empresa de Pesquisa Energética espera que a produção dos campos do pré-sal entrem em estágio declinante a partir de 2030. Ou seja: com menos volume, a empresa deve passar a perder rentabilidade e produtividade nos seus campos – o que não seria agradável, naturalmente.

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