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    Publicado em 18 de Novembro às 19:11:20

    Petrobras (PETR4) | Prévia do Planejamento Estratégico 25-29!

    Conclusão

    Muda, mas afeta pouco o que interessa: dividendos. Consideramos as informações prévias relacionadas ao Planejamento Estratégico como praticamente neutra para o principal pilar da tese da empresa: os dividendos! Em nossa interpretação, considerando os dados preliminares a serem plenamente divulgados na próxima sexta-feira, observamos uma piora marginal pela perspectiva dos investimentos em relação ao Planejamento Estratégico do ano passado tendo em vista o incremento nos investimentos esperados (US$111 bilhões vs US$102 bilhões no ano passado, diluídos ao longo dos próximos cinco anos) e o fluxo de dividendos esperados pra o mesmo período (c. US$40-55 bilhões, entre 40-60% do valor de mercado atual da empresa vs US$45-65 bilhões no plano anterior). Entretanto, é importante mencionar que as ações da PETR4 negociam a múltiplos bem baixos em relação aos seus fundamento, fazendo com que exista espaço o suficiente em seu valuation para suportar eventos como esse. Antes de qualquer coisa, vamos esperar o evento de sexta feira para maiores conclusões em relação a tese da empresa.

    Os fatos

    Surpreendentemente, Petrobras resolveu divulgar um fato relevante com informações relacionadas ao Plano de Negócios 2025-2029 (“PE 25-29E”). Tal PE 25-29E deve ser anunciado apenas nesta sexta feira (22/11) com toda a abertura de informações necessárias e suficientes para conseguirmos ter uma visão mais aprofundada em relação a tese e possíveis impactos em estimativas. Entretanto, as informações preliminares divulgadas nos permite a ter algumas conclusões parciais ao que foi divulgado. Vamos destrinchar ponto a ponto que julgamos relevantes em relação ao PE anterior e nossas estimativas.

    I) Projeção Produção 3,2 milhões de barris de óleo equivalente | Nossa Opinião: apesar de não deixar explicitado, acreditamos que esse volume anunciado seja aquele ao final do período projetivo (2029). Sendo assim, acreditamos que essa informação é neutra e não trás nenhuma alteração em relação ao guidance anterior.

    II) Investimentos: US$111 bilhões, sendo US$77 bilhões em Exploração & Produção | Nossa Opinião: antes de qualquer coisa, é importante entendermos sob qual premissa de curva de preços do brent esses investimentos foram considerados – tal informação também é relevante para os tópicos III e IV.

    Dito isso, consideramos essa evolução no volume de investimentos como marginalmente negativa, especialmente por (muito possivelmente) seguir considerando investimentos em aquisições e em outros segmentos que julgamos pouco interessantes, como refino (maior detalhes adiante). O volume alocado no segmento de Exploração & Produção representa 69,3% do total de volume de investimentos esperados vs 71,6% no PE anterior – ou seja, uma piora, ainda que muito marginal.

    III) Investimentos de US$20 bilhões em Refino, Transporte, Comercialização, Petroquímica e Fertilizantes (RTC) | Nossa Opinião: marginalmente negativo (preliminarmente, evidentemente). Como mencionamos ao longo de nossos documentos, acreditamos que o aumento do foco em aquisições (petroquímicas ou refinarias), negócio de refino e outros segmentos de negócios com histórico de execução pouco interessante. Para fins de comparação, os investimentos em RTC no PE anterior era de apenas US$12 bilhões.

    IV) Projeção de Dividendos de US$45 bilhões + até US$10 bilhões dividendos extraordinários | Nossa Opinião: marginalmente positivo – uma vez mais mencionamos que é importante entender qual premissa de preços está sendo utilizada para esse volume estimado de dividendos. Tal valor implica em pelo menos 49-60% do atual valor de mercado da empresa a serem distribuídos no formato de dividendos. Ou seja: por se tratar de um case razoavelmente descontado (em nossas atuais estimativas, PETR4 negocia a apenas 2,7x EV/EBITDA 25E), a empresa negocia a um patamar que acaba por proporcionar um espaço para suportar esses incrementos no fluxo de investimentos sem que os dividendos acabem por ser impactados de maneira relevante. Para fins de comparação, o PE anterior indicava um volume de dividendos entre US$45-65 bilhões (vs US$45-55 bilhões, atualmente).

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