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    Publicado em 10 de Agosto às 15:52:43

    Petrorecôncavo (RECV3) | 2T23: Interessante, mas preferimos outro nome!

    Muitos desafios pela frente!

    Seguimos com a recomendação de MANTER para as ações da Petrorecôncavo. Para além dos resultados razoáveis apresentados no 2T23, existem certos desafios que ainda aguardam a empresa em 2023. Em nossa leitura, a empresa deve seguir com sua boa execução e geração de valor. Nossa recomendação é baseada no menor crescimento de volume e geração de caixa apertada em 2023-2024 devido aos investimentos que a empresa deve tocar nesse período. Aos atuais níveis de preço, vemos a empresa negociando com EV/EBITDA de 2,1x 24E e um rendimento de geração de caixa de 4,2-5,3% para 23-24E. Em nossa leitura, acreditamos que o baixo múltiplo é explicado pelo menor crescimento em volume vs RRRP3/PRIO3 e que o grande valor da empresa esteja no longo prazo à medida que a curva de investimentos deve começar a ser suavizada a partir de 2025 e assim favorecer a geração de caixa da empresa.

    Acreditamos que, apesar dos riscos detalhados acima, aos atuais níveis de preço, a empresa encontra-se precificada, assim, reiteramos nossa recomendação de MANTER para a companhia, enquanto aguardamos novas informações.

    Detalhamento dos Resultados

    Antes de mais nada, é importante mencionar que os dados referentes ao resultado da Petrorecôncavo acabaram por serem publicados de maneira antecipada ao que era previamente agendado. Sendo assim, nem todos os detalhes estarão aqui nesse documento. Como fatalmente o preço do ativo já vai ter respondido as informações publicadas ao longo do período de negociação, preferimos publicar a nossa análise com o que temos.

    A empresa fechou o trimestre produzindo 26,0 kbpd no trimestre (vs 24,6 kbpd no 1T23), aumento de 6,7% se comparado ao 1T23, conforme já explicado em seus dados de produção mensais, devido ao redesenvolvimento nos ativos Potiguar, Remanso e Miranga. Esse fato foi responsável por compensar parcialmente a queda de 8% na receita líquida, que fechou o trimestre em R$ 658 milhões, muito possivelmente devido à redução no preço médio de venda do petróleo ao longo do trimestre (US$81,27/bbl 1T23 e depreciação do dólar no período).

    A empresa apresentou um EBITDA de R$319 milhões (4,7% menor do que no 1T23), influenciado principalmente pela queda no brent dentro do período analisado. O lucro líquido de R$ 178 milhões, queda de 11% se comparado ao trimestre anterior devido aos motivos já explicados acima.

    Como destaques operacionais com impactos positivos para os próximos trimestres, citamos a assinatura de contratos com a 3R após o closing do Polo Potiguar relacionada a venda da produção do campo em condições mais vantajosas em relação aos atuais termos da Petrobras, assim como contratos de escoamento de gás natural e comercialização de derivados. Por último, citamos a assinatura de um contrato de gás por 10 anos com uma Distribuidora Local ao preço de R$1,6 bilhões ao longo de todo esse período. Tal contrato não apenas deve incrementar as receitas da empresa, como reduzem a exposição do fluxo de caixa da empresa em relação a oscilação dos preços do brent, reduzindo assim o perfil de risco da empresa.

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