Impressionante!
Seguimos com a recomendação de COMPRAR para Petrorio. Nossa recomendação segue suportada por acharmos que os atuais níveis de preço não refletem não apenas a qualidade da execução da operação da empresa – esse trimestre que o diga – assim como todo o prospecto de crescimento derivados do campo de Wahoo (operacional ao final de 2024) e do recém adquirido Campo de Albacora Leste, um campo “classe A” e com potencial imenso, principalmente se considerarmos o track record da empresa. De acordo com as nossas estimativas, PRIO3 negocia com potencial expressivo de valorização em relação ao nosso preço-alvo. Sob o ponto de vista operacional, vemos a empresa negociando a apenas 2,4x EV/EBITDA 24E e deve entregar um rendimento de fluxo de caixa (fluxo de caixa – investimentos – resultado financeiro divididos pelo atual valor de mercado da empresa) na casa dos 15% a partir de 2024 – Deixamos claro, ainda não considera a aquisição de Albacora Leste em nossas atuais estimativas. Do lado negativo, citamos os rumores relacionados a eventual mudança de estratégia da Petrobras relacionada a venda do campo de Albacora (não confundir com Albacora Leste, cujo a venda já foi assinada). Como mencionamos em nossa iniciação de cobertura sobre o setor (para maiores informações, clique aqui), aquisição de ambos os campos tende a gerar um valor relevante para a empresa e adicionar crescimento expressivo. Uma eventual desistência por parte da Petrobrás seria uma grande frustração para tese da empresa, ainda que esteja longe de ofuscar a tese de investimento do case.
Detalhamento do Resultado 1T22
Deu tudo certo. Nesse trimestre, a empresa apresentou resultado acima dos nossos números e do consenso do mercado onde praticamente, tudo deu certo. Do lado da receita, observamos a empresa apresentando um mix interessante de maiores volumes (offstakes de 2,8M barris vs 1,9M no 1T21) e preços de venda muito acima do brent médio ao longo do trimestre (US$110,3 vs US$97,9 na média do 1T22), resultado em uma receita de US$309,7 milhões. Do ponto da produção dos poços, a empresa alcançou a marca de 35,2k bpd (vs. 31,3k bpd no 1T21) em um trimestre onde praticamente todos os seus ativos contribuiram para o incremento da produção diária, destque para o cluster Polvo + TBMT com evolução de 24% a/a.. Do ponto dos custos, chama a atenção os resultados do tieback dos campos de Polvo e TBMT desde Julho/21 e a redução de custos derivado dessa medida e a implementação do projeto de geração de energia em uma das FPSOs da empresa. A maior produtividade dos poços e moderação na evolução dos custos originou o menor lifting cost da empresa, alcançando US$11,2/barril vs (US$14,3/barril no 1T21). Empresa fechou o trimestre com caixa líquido de US$348 milhões, que muito possivelmente serão utilizados na aquisição do campo de Albacora Leste (US$2,2 bilhões). Com operacional recorde, o lucro líquido foi de US$223 milhões, revertendo prejuízo do ano passado.