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    Publicado em 05 de Maio às 20:33:46

    PRIO (PRIO3) | Compra de 60% do Campo de Peregrino! O que achamos disso?

    Conclusão

    Seguimos com a recomendação de COMPRAR para as ações da PRIO3. Apropriamos a aquisição da fatia de 60% do campo de Peregrino em nosso modelo proprietário. Em nossa interpretação, a aquisição deve acrescentar c. +R$3/ação em nosso preço-alvo para a empresa nas condições apresentadas. Sendo assim, estamos introduzindo o novo preço-alvo de R$69/ação. Colocamos em nossas estimativas o desembolso para aquisição do ativo em 2025 (US$2,2 bi) e os earn-outs para 2026 (US$1,1 bi) e consolidação do ativo na empresa apenas em 2026. Aos atuais níveis de preço, vemos a empresa negociando com upside relevante em relação ao nosso preço-alvo, EV/EBITDA 26E 1,7x e rendimento de fluxo de caixa 25E/26E de 20%-31,5% ex-aquisição. Seguimos achando a empresa o melhor risco/retorno de nossa cobertura, case marcado pelo extenso track-record em aquisições e com uma série de opcionalidades em seus ativos. Como principal gatilho de curto prazo, citamos a aprovação do licenciamento ambiental de Wahoo e respectiva entrada em operação do ativo (esperado para o 1T26) e, claro, conclusão da aquisição do campo de Peregrino.

    Os Fatos | Quanto antes, melhor! Compra da fatia remanescente de 60% do Campo de Peregrino!

    Prio agora controla 100% do campo de Peregrino! Via fato relevante, a empresa anunciou a aquisição da fatia remanescente de 60% do campo de Peregrino. Essa fatia remanescente era operada pela Equinor enquanto a primeira fatia adquirida em setembro/24 pertencia a Sinochem. O valor da transação é de US$3,3 bilhões sendo o pagamento a ser feito da seguinte forma: I) US$2,3 bilhões por 40% da operação, II) 20% por US$951 milhões e III) earn-out de US$166 quando a aquisição for concluída. Assim como na aquisição da fatia anterior, toda a geração de caixa do ativo desde Dez/24 até o momento da conclusão deve ser apropriada pela Prio. De acordo com o nosso modelo proprietário, o ativo deve gerar c. US$500 milhões em fluxo de caixa livre ao longo de 2025.

    Tal aquisição ainda precisa ser aprovada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). O negócio, que agregará 202 milhões de barris de reservas e recursos 1P+1C à companhia conforme as estimativas de reservas referenciados em 01/01/2024. Ainda de acordo com a nota, “a Companhia espera que as operações sejam concluídas entre o final de 2025 e meados de 2026 e todos os valores serão pagos utilizando os recursos já disponíveis em conta corrente da PRIO, somados à geração de caixa da Companhia até o closing da operação e um aumento temporário do nível de alavancagem para aproximadamente 2,0 Net Debt / EBITDA que permanecerá dentro de faixas saudáveis e conservadoras.”.

    O que achamos dessa aquisição? Positiva, ainda que sob termos menos interessantes. De acordo com as nossas estimativas, a aquisição tem uma TIR desalavancada de 15% em termos reais em dólar. Em nossas estimativas, considerando I) drivers de volume, opex, royalties, participações especiais, capex ajustados a fatia adicional de 60% do campo de Peregrino de acordo com os dados publicados pela certificação de reservas de Jan/24 e ao custo da aquisição, II) Taxa de desconto/WACC 12%, em linha com a nossa atualização da avaliação da empresa, III) curva brent US$64-67 de 2025-2030 e IV) não consideramos eventuais sinergias com demais ativos ou melhores condições na comercialização/blend do óleo com produção dos demais ativos da empresa. Se considerarmos o mero ajuste proporcional a fatia do ativo, essa aquisição deveria sair por US$2,85 bilhões (vs US$1,9 bilhões pela fatia de 40% do ativo em setembro/24) – entretanto, prêmios pelo controle do ativo não são incomuns tendo em vista todos os benefícios em se adquirir o controle da operação e todas as eventuais sinergias a serem extraídas com demais ativos da Prio. Vale mencionar que a aquisição acontece em termos menos interessantes do ponto de vista dos preços de petróleo em comparação com a aquisição da fatia anterior, fazendo com que o impacto em nossa avaliação seja mais modesta em relação a aquisição da primeira fatia. E finalmente, é importante mencionar que nossa taxa de desconto atual é mais conservadora que a anterior (WACC 12% vs 11,2% anteriormente).

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