Sobre a Produção da PRIO de Abr/2024.Julgamos os dados como neutros para tese. A empresa reportou uma produção de 92,8k bpde, uma recuperação em relação a Fevereiro/24 onde a empresa passou por uma série de eventos pontuais e que acabaram por derrubar a sua produção para casa dos 80k bpde. Sendo assim, os dados de produção são nada mais do que uma recuperação marginal em relação ao pico de produção alcançando em Jan/24. O único ponto relacionado aos ativos produtores a ser mencionado veio da produção do campo de Albacora Leste que apresentou uma parada técnica devido a um reparo em um dos seus geradores com conclusão em abril/24 – cronograma previamente anunciado em relação a conclusão de todas as manutenções esperadas. Dito isso, acreditamos que a evolução esperada para produção nos próximos meses deva trazer melhores notícias para os acionistas da Prio.
A grande ansiedade. Achamos que o anúncio desses dados de produção devem ter pouco impacto nas cotações atuais das empresas. Em nossa interpretação, o principal gatilho de valor para o case da empresa diz respeito a entrada comercial do campo de Wahoo, esperada para Agosto/24. A grande questão aqui diz respeito as licenças ambientais do projeto e a greve do orgão ambiental (IBAMA), que vem acontecendo desde o início do ano. Apesar de ainda existir tempo até a liberação, acreditamos que existe um ceticismo do mercado em relação a entrega do projeto em linha com o cronograma original. Apesar de todo esse celeuma, é importante lembrar que a propria empresa anunciou um programa de recompra de ações recentemente, mostrando otimismo do management no potencial de geração de valor do case – afinal de contas, não vai ser o atraso de alguns meses na entrada operacional de Wahoo que vai destruir o valor da empresa em termos absolutos.