Conclusão
Seguimos com a recomendação de COMPRA para PRIO3 | ANP autoriza retorno da produção da FPSO de Peregrino. Apesar do evento desagradável relacionada a parada técnica imposta pela ANP ao campo de Peregrino semanas atrás e o seu retorno operacional ter tomado um pouco mais de tempo do que o esperado, é importante mencionar que em nenhum momento consideramos uma mudança em termos fundamentais em relação aos fundamentos da empresa. De acordo com as nossas estimativas, uma produção 100k bpde deve manter o rendimento de geração de caixa da empresa ~15% em termos anualizados, fazendo com que o “carrego” do ativo seja interessante até a entrada operacional dos seus projetos. Olhando adiante, a tese segue imaculada: a empresa deve passar a gerar US$3 bilhões/12 meses após a entrada operacional de Wahoo (1º trimestre 2026) e consolidação de 100% de Peregrino (2º trimestre 2026), implicando em um rendimento fluxo de caixa de quase 50% em doze meses a partir da consolidação de ambos os projetos – importante mencionar que esse soft guidance publicado pela empresa considera um preço do brent de US$60/barril vs US$62/barril aos preços atuais.
Em relação ao evento em si, é importante lembrar alguns pontos: I) o ativo ainda é operado pela Equinor e não pela Prio (que atualmente detém uma fatia de apenas 40% em Peregrino), que deve passar a ser operador do ativo apenas ao final da conclusão da aquisição da fatia restante de 60% remanescente (esperada para 1º semestre de 2026). Ou seja: a Prio não possui nenhuma culpa técnica pelos acontecimentos recentes, II) Todo o caixa gerado desde o anúncio da aquisição da fatia de 60% (Maio 2025) pertence a Prio. Sendo assim, imaginamos que essa parada possa ser compensada de alguma forma pela Equinor a Prio e III) Prio deve realizar o seu dia do Investidor em Dezembro/25, onde maiores informações sobre os principais projetos da empresa (Wahoo e Peregrino), novas aquisições, possível cancelamento de ações em tesouraria e outros.
