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    Publicado em 06 de Maio às 23:57:16

    Prio (PRIO3) | Resultado 1T25: Está quase lá!

    Seguimos com a recomendação de COMPRAR para PRIO3. Observando a tese da empresa como um todo, vemos o trimestre construtivo tendo em vista os marcos interessantes apresentados no 1T25 e que ajudam o case a avançar na tese da empresa (maiores detalhes adiante). Observando apenas os números apresentados, achamos o trimestre como neutro tendo em vista as produções ainda aquém do potencial dos seus ativos e piora marginal no lifting cost da empresa. Como vimos nos dados de produção divulgados referente a março/25, a empresa seguia apresentando produção/eficiência aquém do esperado em seus campos, principalmente devido a ausência de workovers nos campos de TBMT e paradas técnicas em Albacora Leste. Apesar dos pesares, seguimos com uma visão construtiva para o case do ponto de vista da produção e aumento de eficiência e custos dos campos para os próximos trimestres.

    Apesar do conjuntural ainda pouco inspirador e aquém do que esperamos da empresa, o estrutural foi bem interessante. Dentro os eventos que consideramos construtivos para tese citamos, I) consolidação da fatia da aquisição da fatia de 40% no Campo de Peregrino, II) anúncio da aquisição da fatia remanescente de 60% do Campo de Peregrino (para maiores informações, clique aqui – Prio (PRIO3) | Compra de 60% do Campo de Peregrino! O que achamos disso?”) – aquisição esta feita em termos interessantes e que após a consolidação e controle por parte da Prio deve acelerar sinergias com demais ativos da empresa e redução de custos, III) continuação no programa de recompras da empresa, tendo recomprado c. US$43 milhões no 1T25, IV) aprovação do licenciamento ambiental para perfurações no Campo de Wahoo, com produção esperada para 1T26, V) anuência do IBAMA para realização de Workovers no campo de Tubarão Martelo que deve se materializar após as primeiras perfurações do Campo de Wahoo. Até o final do 1T25, o campo segue operando com eficiência muito abaixo dos patamares históricos (67% vs 97-99% ao longo de 2023 e 1S2024) e VI) expectativa de melhora na produtivida de Albacora, com produção na casa dos 30k bpde já antecipadas pelo dados preliminares da ANP.

    Lifting cost em alta! Dito isso, é importante contextualizar os seguidos incrementos no lifting cost da empresa nos últimos trimestres, saindo da mínima de US$6,8/barril no 4T23 até alcançar US$12,8/barril no 1T25. Observamos esse incremento com naturalidade tendo em vista a queda na produtividade/eficiência dos campos de Polvo/TBMT e Albacora Leste e, claro, impacto da consolidação da aquisição da fatia de 40% de Peregrino. Dito isso, acreditamos que o lifting cost da empresa deva voltar a apresentar tendência de queda ao longo dos próximos trimestre com a recuperação razoavelmente encaminhada de Polvo/TBMT e Albacora Leste. A consolidação e obtenção do controle operacional do campo de Peregrino (e não apenas uma fatia minoritária) a partir de 2026 é outro evento importante do ponto de vista da eficiência de custos/apropriação de sinergias com os demais ativos da empresa.

    Atualmente, vemos a PRIO3 negociar a um múltiplo de 1,7x EV/EBITDA 26E e FCF Yield de 20,2%-31% para 2025-2026E via números recorrentes (excluindo desembolso com aquisições). A empresa segue sendo nosso case preferido dentro as empresas de petróleo & gás no Brasil.

    Detalhamento do Resultado

    A PRIO reportou uma receita líquida (já descontado imposto de venda interna e exportação) de US$726 milhões, incremento de +14% a/a. Esse aumento está atrelado a (I) impacto da aquisição da fatia de 40% do Campo de Peregrino, II) offtakes recordes de 10,2 milhões de barris (vs 7,6 milhões no 1T24) e III) brent realizado de US$75 vs US$81,7 no 1T24. Peregrino alcançou 32% de participação na receita da empresa.

    O EBITDA da empresa alcançou US$444,9 milhões, queda de -7% a/a. Como principais eventos a serem mencionados nesse trimestre, citamos a consolidação da de ativos recém adquiridos (Peregrino), menor diluição de custos devido a produção mais moderada e menor preço realizado no trimestre. Maior endividamento derivado das aquisições e investimentos nos diversos ativos da empresa. O lucro líquido reportado pela empresa foi de US$352 milhões, alta de +62% a/areflexo de imposto de renda diferido de R$304 milhões. Tal diferimento aconteceu devido “ajuste na base tributável em função da valorização do real vs dólar no trimestre, alterando o valor apresentado de imobilizado e intangível”.

    A alavancagem da companhia no 1T25 ficou em 1,3x Dívida Líquida/EBITDA ajustado, com dívida líquida de US$2,4 bilhões. Como destaques para evolução do endividamento, citamos: alguns fatores fizeram a companhia aumentar seu patamar de alavancagem (anteriormente de 1,2x, no 4T24): (i) O pagamento do earn-out para aquisição de Albacora Leste (US$175 milhões) e (II) US$43 milhões em recompras de ações como eventos não recorrentes.

    Nesse trimestre, a geração de caixa livre (fluxo de caixa operacional – investimentos recorrentes – despesa financeira – impostos) foi de aproximadamente ~US$245 milhões. Como o capital de giro foi positivo em -US$149 milhões devido aumento de recebíveis, excluímos ele da nossa conta. Dessa forma, se anualizarmos, encontramos uma geração de caixa de ~17% em relação ao seu atual valor de mercado – importante lembrar que esse trimestre ainda considera o preço realizado do brent na casa dos US$75/barril.

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