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    Publicado em 05 de Maio às 23:47:43

    Petz (PETZ3) | 1T22: Números fracos, futuro próspero

    Os resultados do 1T22 da Petz vieram bastante abaixo das nossas expectativas e do consenso de mercado no que diz respeito a rentabilidade, com uma surpresa negativa principalmente na linha do EBITDA. Por conta de um ambiente de custos e inflação elevada no Brasil, a empresa pode continuar sofrendo no curto prazo, porém, continuamos gostando da tese pensando em um prazo mais longo. Acreditamos que o preço da ação não deve valorizar dentro dos próximos meses, porém ainda enxergamos a Petz como a principal candidata para se consolidar cada vez mais no setor de pet care no Brasil, que vem crescendo muito ao longo dos últimos anos e ainda apresenta ótimo potencial de crescimento. Nossa recomendação para a Petz continua como COMPRAR, com preço-alvo de R$29,00.

    Analisando os resultados mais a fundo, fica evidente que o ambiente inflacionário vem pressionando os custos da companhia, principalmente afetando os componentes da matérias-primas encontradas nas rações dos animais de estimação (que consistem de proteína animal, milho e soja). Além disso, a alta do combustível afetam os custos logísticos e de transporte. Diante desse cenário, vimos um avanço de 19,6% no EBITDA na comparação a/a, vindo de R$ 43 mi no 1T22 para R$ 52 mi no trimestre atual. Porém, o número ainda ficou -49% abaixo de nossa expectativa, muito distante do que esperávamos. O mesmo vai para a margem EBITDA, que apesar de ter ficado estável a/a em 7,9%, ainda foi -6,5 p.p. abaixo da nossa estimativa. Em termos de vendas, a Petz foi em linha com o que esperávamos, chegando a R$ 693 mi de receita no trimestre e representando um forte aumento de 29% quando comparado ao mesmo período do ano passado.

    Como mencionamos no nosso relatório de prévia desse resultado, a Petz continua entregando o que ela promete quanto a crescimento tanto orgânico (inaugurações de 10 novas lojas no 1T22, somando 42 nos últimos 12 meses e em linha com o seu novo guidance 40 novas lojas por ano) como inorgânico (aquisições), enquanto ela mantém um balanço saudável (-1,3x dívida líquida/EBITDA, ou seja, com alavancagem negativa) e entrega valor aos seus acionistas. A empresa também anunciou distribuição de dividendos de R$ 10 mi, sendo R$ 0,023 por ação. O número ainda é relativamente pequeno, porém isso mostra o compromisso da companhia em gerar valor aos seus acionistas através de distribuição de lucros e crescimento, e a tendência é que esse valor aumente com o tempo.

    Apesar de que acreditamos que a empresa continuará com desafios diante do cenário atual, ainda gostamos do fato de que a Petz segue expandindo o seu negócio, conforme ela mesma vem prometendo desde seu IPO. Além disso, o setor de pet care é historicamente muito mais resiliente do que o varejo convencional, por lidar com bastante recorrência de compras de produtos básicos (85% dos produtos que vendem são produtos essenciais, como alimentação e higiene) e portanto necessários para os donos cuidarem de seus animais de estimação. Pensando no longo prazo, gostamos da tese para o setor e enxergamos a Petz como a principal empresa que deve se consolidar nesse setor.

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