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    Publicado em 09 de Novembro às 22:11:53

    Porto Seguro (PSSA3) | Prévia 3T21: Tinha uma pedra no meio do caminho

    A Porto Seguro passa por mudanças interessantes na nossa concepção. Ela tenta mudar sua trajetória de seguradora líder em um segmento muito competitivo de seguro de veículos para uma empresa de crescimento mais acelerado e diversificado, mesmo porque a indústria e o consumidor de seguro automóvel estão mudando. Mas para o 3T21, esperamos um resultado mais fraco. A inflação de automóveis criada pela falta de veículos novos deve pressionar as margens da empresa, provavelmente por mais de um trimestre até a empresa reprecificar os contratos.

    Esperamos um bom avanço dos prêmios emitidos de auto na faixa dos 15% a/a, uma continuidade da tendência observada no 2T21, onde houve um crescimento de 18,7%, mas ainda muito impactado pela base de comparação mais fraca da pandemia. Mas do lado negativo, o que nos faz estar temporariamente mais pessimistas é a elevação dos preços da tabela FIP na medida em que pressionam a sinistralidade, já antecipados pelos dados da Susep (regulador). Ademais, outras linhas de negócio como saúde e vida, mesmo com expectativa de um bom crescimento, também devem sofrer com uma forte sinistralidade residual da pandemia. Como resultado, esperamos o lucro de apenas R$ 276m caindo 27% t/t e 31% a/a.

    Em saúde, por termos tido um represamento de procedimentos eletivos durante a pandemia, a retomada da demanda vem pressionando a sinistralidade, movimento que temos visto para demais seguradoras. Por isso, esperamos ver uma sinistralidade já se recuperando do pico do 2T21, gerado pela segunda onda da pandemia, mas ainda elevada, se comprada ao 1T21. No segmento de vida, esperamos uma pressão de sinistralidade a níveis muito próximos ao 2T21, apresentado pouca recuperação em função de muitos dos sinistros ocorridos durante a segunda onda terem sido reportados somente no 3T21 para a Porto. Apesar da pressão em vida, acreditamos que a normalização será mais rápida do que nos seguros de saúde, tendo em vista que no 4T21 não devem haver mais sinistros da segunda onda de Covid a serem reportados.

    Por fim, a maior exposição da Porto às ações, que oras ajuda seu resultado financeiro, deverá jogar contra no 3T21 haja vista a desvalorização de 12,5% do IBOV no período. Em suma, não estamos otimistas com o resultado da companhia no 3T21, uma vez que a alta sinistralidade deve afetar os custos e levar a decrescimento do lucro t/t e a/a. Contudo, pelo consistente ganho de market share, lançamento de novas linhas de negócio e elevação dos juros, que devem ajudar as receitas financeiras em 2022, reiteramos a Porto Seguro como COMPRAR, mas ajustando o preço alvo de R$ 35 para R$ 30 por conta da elevação do prêmio de risco do Brasil.

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