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    Publicado em 12 de Novembro às 20:45:49

    Qualicorp (QUAL3) | 3T21: Companhia segue perdendo beneficiários

    Hora da virada: Crescimento forte de adições brutas dão esperança para 2022

    O lucro de R$ 110,4m veio em linha com nosso número, mas 19% aquém da expectativa de mercado de R$ 137m, tendo crescido 22,3% t/t e caído 15,1% a/a. O melhor desempenho t/t se deve a melhora das margens, principalmente atribuída a retração de custos e despesas. Já em termos anuais, o decréscimo advém da forte base de comparação do 3T20, quando houve um maior controle de custos e despesas em resposta a incertezas geradas pela pandemia.

    Neste trimestre continuamos a observar quedas de adições líquidas (net adds), puxadas pela redução de 2,3% do segmento médico hospitalar, movimento que pode ser atribuído ao novo reajuste de preço dos planos coletivos. Neste ano, acumularam os reajustes congelados de 2020 com os reajustes de 2021, gerando um repasse total de 36,7%, muito acima de patamares históricos, gerando muitos cancelamentos. Apesar de na nossa avaliação o resultado ter sido negativo pela continuidade da perda de vidas, estamos otimistas para 2022 tendo em vista a normalização dos reajustes, que deverá reduzir o churn de clientes, e a boa performance comercial. Portanto, a conjuntura da retomada do crescimento de vidas no segmento hospitalar a partir de 2022 justifica a nossa recomendação de COMPRAR.

    Durante a teleconferência de resultado, os executivos da empresa guiaram para uma normalização do churn de clientes em 2022. Isso aliado a forte crescimento de adições brutas, reforça um cenário de melhoras mais à frente.

    A Qualicorp está em processo de mudança na estratégia, passando a focar mais em crescimento do que expansão de margens. Por ora, o churn elevado mitiga o bom resultado comercial, mas já vemos um avanço expressivo de adições brutas (gross adds), com avanço de 110% a/a e 14,5% t/t. Ademais no 4T21 podemos ter uma aceleração de receitas com a entrada das 52k vidas adquiridas do Grupo Elo.

    Pontos Positivos

    • Gross adds. A adição bruta de clientes de 151k vidas continua bem forte, crescendo 14,5% t/t e 110% a/a, patamar mais alto historicamente.
    • Receita. Avançaram2,0% a/a e 3,4% t/t, principalmente por conta do crescimento das receitas de agenciamento em 136% a/a e 54% t/t. A performance é reflexo da aceleração das vendas.
    • Despesas administrativas. Queda de 31,6% t/t em função de boa performance em despesas de pessoal (-9,9% t/t), linha que teve impacto negativo de efeito não recorrente de R$ 9m no 2T21. A retração de 10,6% t/t de serviços de terceiros e de 16,4% de outras despesas operacionais também contribuíram para o controle de despesas, ligadas a redução de custos com comitê de apuração e serviços de TI e menores despesas de processos judiciais, respectivamente.

    Pontos Negativos

    • Despesas comerciais. Crescimento de 19,3% t/t e 87,8% a/a, puxadas por ações para a aceleração de vendas, investimentos em inovação e estruturação de novos negócios. Esperamos a continuidade de uma maior pressão nesta linha em decorrência da nova estratégia da companha de ampliar o crescimento, mesmo que isso implique em margens menores.
    • Redução no número de vidas. Queda do portfólio total de vidas de 1% t/t, com destaque negativo para o segmento adesão, cuja retração foi de 1,6% t/t. O resultado ruim se deve ao churn de 14,1% pelo reajuste de 11% aplicado no 3T21, que se somou ao reajuste de 23% aplicado em janeiro, referente a correção do ano anterior, congelada em em decorrência da pandemia.
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