Continuamos cautelosos com os resultados de Rede D’Or, para o 3T22 os reajustes de contratos com as operadoras podem auxiliar no resultado, mas ainda estamos de olho na capacidade de controle de custos da companhia. Estimamos lucro líquido de R$ 366m (+2,1% t/t -3,2% a/a), com o resultado financeiro ainda prejudicando a última linha da DRE. Continuamos reiterando nossa recomendação de COMPRA com preço-alvo (PA) de R$ 45,00.
A receita no trimestre começará a sentir os efeitos dos reajustes nos contratos com as operadoras, que possuem maior concentração ao longo do terceiro trimestre. Do lado da taxa de ocupação, esse trimestre não possui a sazonalidade do trimestre passado, o que leva nossa expectativa da taxa de ocupação cerca de 3% para baixo (79,6% 3T22). O produto do aumento no ticket-médio com a taxa de ocupação perto dos 80% é o crescimento de receita para R$ 5,8b (1,3% t/t e 10,7% a/a)
A Rede D’Or já deixou claro que está buscando retomar seu foco em controle de custos, mas resultado total dessa política ainda não será sentido no 3T22. Com a desalavancagem operacional dada o arrefecimento da pandemia, e com o poder de barganha com os fornecedores que a companhia detém, acreditamos em aumento dos custos no 3T22(+1,1% t/t e +10,3% a/a) que mantém as margens em estabilidade.
Com a deterioração da conjuntura macroeconômica, empresas que possuem um estrutura de capital alavancada, como a Rede D’Or, continuarão a sofrer com as despesas financeiras. Apesar da posição confortável de caixa da companhia, e um rendimento acima do CDI para seus instrumentos financeiros, esperamos que o resultado financeiro continue a piorar no trimestre. (+2,1% t/t e +41,6% a/a).
O cenário apresentado resulta em um lucro líquido em queda na base anual e baixo crescimento no trimestre. Ainda estamos atentos com os resultados de Rede D’Or, mesmo confiando no desempenho operacional da companhia, a situação macroeconômica e os desafios do setor de saúde prejudicam o resultado da companhia.
