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    Publicado em 12 de Novembro às 22:45:27

    RENNER (LREN3) | 3T21: Operacional bom, mas resultados pressionados por investimentos em tecnologia

    Apesar dos bons resultados de receita, com o segmento de mercadorias já superando os níveis pré-pandemia e a carteira de crédito em recuperação com bons indicadores de qualidade de crédito, a companhia sofre com a inflação e alta do câmbio. As despesas operacionais relativas ao desenvolvimento de moda e lifestyle acabaram por reduzir em demasiado o EBITDA e a Margem EBITDA, que ficou bem abaixo do consenso.

    No entanto, ainda continuamos com recomendação de COMPRAR no papel, uma vez que a companhia continua capitalizada (R$ 5 bi) e com uma posição favorável para capturar market share. Uma das principais características da companhia e um dos motivos de ser a nossa Escolha Genial é a alta eficiência operacional que garante elevadas margens. Neste trimestre, a companhia evoluiu em várias frentes, como uso de dados e IA para a tomada de decisões relativas a remarcações, compra e abastecimento, o que pode gerar grandes ganhos de eficiência operacional no futuro. Além disso, ainda acreditamos que a Renner continuará como líder no setor de vestuário e os investimentos que tem hoje gerando uma forte compressão do EBITDA são fundamentais para seu pioneirismo na parte digital.

    Destaques do trimestre

    Conforme o esperado, a companhia apresentou um ótimo desenvolvimento de receita acima das expectativas de mercado, com o crescimento de 22,7% (vs. 3T19) do segmento de mercadorias dado à retomada do fluxo em lojas e da boa assertividade da coleção primavera-verão. Apesar dos produtos financeiros ainda não terem atingido os níveis pré-pandemia, continuam evoluindo bem, com alta de 84,6% a/a e mantendo uma ótima qualidade de crédito, com as perdas em taxas de mínima histórica.

    A margem bruta ficou em linhas com as expectativas, mas em comparação com o ano e tri passado houve uma deterioração por conta da alta da inflação, do câmbio e do custo de frete marítimo. A margem EBITDA e o EBITDA de 10,58% e R$ 172m ficaram bem abaixo do consenso frente aos gastos em tecnologia, importantes para trazer ganhos de eficiência operacional e pioneirismo na parte digital de moda e lifestyle.

    Em relação ao digital, as vendas representam 12,2% das vendas totais uma queda de -3,9 p.p. em relação ao ano anterior e -1,8 p.p. em relação ao tri passado. As vendas digitais (GMV) também tiveram um crescimento tímido de 8,3% a/a.

    Pontos positivos

    • Carteira em recomposição com os menores níveis históricos de perda.
    • Evolução das soluções financeiras com expansão de serviços para clientes e antecipação dos recebíveis para sellers.
    • Operacionalização da Conta Digital.
    • Aumento dos clientes ativos e na identificação dos mesmos, aumentando a base de dados da companhia.
    • Avanço da base de clientes omni em 47% a/a.
    • Eficiência operacional: Avanços na área de uso de dados para prever vendas e para a tomada de decisão de compras para revenda, remarcações e abastecimento que podem gerar ganhos operacionais.
    • Sinergia de negócios: integração da YouCom e Camicado no Marketplace.
    • Conclusão da aquisição da Repassa, com a inauguração do primeiro ponto físico em Belo Horizonte.

    Pontos negativos

    • Alta de inflação e do câmbio que acabaram comprimindo as margens.
    • Evolução ainda tímida do digital frente aos gastos relevantes para o desenvolvimento do ecossistema
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    Recomendações

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